Março Vermelho: Tobias Barreto realizou uma série de ações no ‘Dia D’

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O mês de março é um mês de luta para professoras e professores em Sergipe. É o Março Vermelho, que concentrou uma série de ações da categorias em Aracaju e nos municípios sergipanos. Os dias 19 e 20 foram chamados de ‘Dia D’, intensificando as ações na capital e nas cidades do interior.

Uma destas cidades foi Tobias Barreto. Lá, professoras e professores, fizeram uma marcha pela cidade para dialogar com a população sobre as dificuldades que a categoria tem enfrentado com a gestão do prefeito Dilson de Agripino.

O piso salarial está defasado desde 2022. Apesar de a gestão municipal criar projeto de lei com um reajuste de 3,62%, citando a portaria 61/2024 do Ministério da Educação (MEC), o valor não alcança o piso nacional da categoria. Esta mesma portaria diz que o piso salarial de professoras e professores deve ser de R$ 4.580,57 e este percentual deve ser aplicado aos pisos atualizados corretamente, acompanhando a determinação do MEC, que não é o caso de Tobias Barreto, pois o piso da rede de Tobias está defasado desde 2020, estagnado no valor de R$ 3.176. Confira todas as perdas nas tabelas anexadas ao final da matéria.

Além da defasagem do piso, a categoria enfrenta outras dificuldades, como o cálculo errado do pagamento da primeira metade do 13º salário, que deve incluir o abono; negação do adicional de 1/3 aos professores que adquiriram este direito em janeiro; denúncia de não repasse do valor do INSS descontado de professores contratados; e não pagamento do adicional de insalubridade.

“A gestão acordou com a categoria o pagamento do retroativo do piso salarial de 2020 em 36 parcelas e que arrumaria um jeito de pagar os 4 meses de regência que professores perderam e não cumpriu a promessa. Agora já temos três meses de atraso desse parcelamento”, disse Estefane Lindeberg, diretor de Assuntos das Bases Municipais da Subsede do SINTESE Regional Centro Sul.

Os professores fizeram também uma vigília na Câmara de Vereadores da cidade, “que tem sido omissa quanto ao seu papel fiscalizador e aprovado projetos enviados pelo prefeito, que não discute com a categoria, gerando prejuízos a trabalhadoras e trabalhadores”, criticou o diretor.

“Nós, professoras e professores, ficamos nossa ação limitada por falta de condições de trabalho e os alunos tem a aprendizagem prejudicada por conta do comportamento do secretário de educação que nega transporte decente aos alunos e climatização nas salas de aula.  Luciano Marques cobrava equipamento tecnológico em 2020 e agora sequer tem a decência de sentar com o sindicato para discutir democraticamente a educação no município, bem como os passos necessários para melhorar as condições de trabalho para os professores e professoras”, disse o professor Estefane.

A luta do SINTESE em Tobias Barreto, bem como em todo o Estado, segue firme até a vitória.