Presidente do SINTESE devolve premiação excludente do programa Escola Nota 10

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O professor Roberto Silva, presidente do SINTESE, devolveu, na tarde ontem, dia 2 de janeiro, o valor da premiação do Programa Escola Nota 10, do Governo do Estado. Mesmo com ofício protocolado na secretaria e sua posição publicizada, de que só aceitaria se a premiação contemplasse toda a categoria, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) depositou o valor.

“Não vou aceitar algo que não é justo, que não valoriza a categoria, que não reconhece o trabalho e o esforço de todas as trabalhadoras e trabalhadores da Educação de Sergipe. A valorização da nossa categoria acontecerá com a retomada do plano de carreira e não bonificando alguns e excluindo a maioria”, ressaltou Roberto.

O ‘Escola Nota 10 foi instituído com a Lei 9.339, de 13 de dezembro de 2023. Ele cria uma disputa entre escolas com dimensões e recursos diferentes e entre trabalhadoras e trabalhadores. Além e não ser incorporado aos vencimentos, não sendo contado em cálculos como aposentadorias, ele não engloba, por exemplo, aqueles e aquelas que não em escolas, que estão lotados em setores da Seduc.

No dia 20 de dezembro, professor Roberto protocolou ofício 2427/2023 onde pede que o valor não seja depositado em sua conta, baseando-se no princípio de que este abono deveria ser distribuído de forma justa e igualitária todos e todas docentes que estão lotados nas escolas e nos órgãos da Seduc. No dia 21, no Teatro Atheneu, o SINTESE fez um ato em repúdio a essa premiação.

Mesmo assim, a secretaria depositou o valor de R$ 8 mil, que foi devolvido de imediato. “O que queremos é valorização, através da retomada da carreira, de investimentos nas escolas, condições dignas de trabalho. É assim que se reconhece e se valoriza uma categoria”, frisou Roberto.

Carreira é valorização. Premiação é exclusão!