Professoras e professores da Barra dos Coqueiros não fogem da luta e não se intimidam, em 1º dia de paralisação da categoria

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A luta na Barra dos Coqueiros começou. Professoras e professores da rede municipal da Barra dos Coqueiros, paralisam suas atividades por três dia. E nessa terça-feira, 29, primeiro dia de paralisação, as professoras e professores iniciaram o dia fazendo banderaço e panfletagem no pórtico da cidade.

A ideia, desse primeiro momento de mobilização, foi dialogar com a população da Barra sobre os desmandos do prefeito Alberto Macedo, que além de não cumprir com o que estabelece a Lei do Piso Salarial, abandonou a educação da Barra dos Coqueiros a própria sorte. Falta da cartolina ao livro diádico nas escolas municipais. Além disso, professoras e professores relatam condições precárias na estrutura física das unidades de ensino: banheiros ruins, salas quentes, escolas que precisam urgente de reformas.

Tentativa de intimidação

Ao saírem do pórtico da cidade, as professoras e professores, neste primeiro dia de paralisação, forma para a porta da prefeitura, onde farão durante todo o dia de hoje uma vigília, na tentativa de conseguir audiência com a gestão municipal. Mas, ao chegarem na porta da prefeitura, tamanha foi a surpresa de professoras e professores ao se depararem com carros da guarda municipal e guardas municipais na porta do prédio do poder executivo municipal.

No entanto, a clara tentativa de intimidar a mobilização das professoras e professores não surtiu efeito e a categoria seguiu, sem medo, com sua vigília em frente a prefeitura e com falas no carro de som.

O questionamento que ali para todas e todos ficou foi: Por que o prefeito Alberto Macedo quer tentar intimidar ou calar as professoras e professores da Barra dos Coqueiros?

Não adianta, prefeito

Não adianta tentar esconder, calar ou intimidar esta categoria quando os fatos estão aí: o prefeito Alberto Macedo passa por cima de direitos de professoras e professores, desde 2022, ao não cumprir o que determina a Lei Federal 11.738/2008, que estabelece a atualização anual do piso salarial, com respeito as carreiras do magistério.

Não adianta tentar esconder, calar ou intimidar esta categoria quando estamos quase no mês de setembro e os estudantes ainda não receberam livros didáticos da prefeitura ou quando professoras e professores têm que tirar dinheiro do próprio bolso para fotocópias de atividades escolares, comprar cartolina, folhas e outros materiais porque a prefeitura não cumpre seu papel e não fornece material pedagógico as escolas.

Não adianta tentar esconder, calar ou intimidar esta categoria porque professoras e professores da Barra NÃO vão se esconder, se calar ou se intimidar diante das injustiças e do desrespeito a direitos: a luta continua! Quarta-feira, dia 30, e quinta-feira, dia 31, a paralisação segue firme na Barra dos Coqueiros.

Presente neste primeiro dia de paralisação, a diretora do Departamento de Bases Municipais do SINTESE, professora Emanuela Pereira, lembra que o SINTESE, juntamente com a comissão local de negociação Sindical, já teve algumas audiências com o prefeito Alberto Macedo e sua equipe gestora, mas nada foi feito para mudar a realidade da educação no município.

“Por isso professoras e professores decidiram fazer uma paralisação de 3 dias porque não dá mais para aceitar só promessa. Não dá mais para aceitar as condições precárias das escolas; não dá mais para aceitar professores e estudantes passando mal de calor nas “saunas de aula”; não dá mais para aceitar o desrespeito à Lei e a atualização do piso. Os professores precisam de dignidade para exercer sua profissão, de valorização e tudo que estão encontrando na gestão de Alberto Macedo é falta de respeito. Ainda dá para mudar este cenário, basta o prefeito querer, se comprometer e honrar suas palavras. O SINTESE está aberto ao diálogo”, coloca a dirigente Sindical.