Professoras e professores de Tobias Barreto paralisam suas atividades quinta-feira e realizam assembleia na sexta

600

A categoria decidiu em assembleia, ocorrida na segunda-feira, dia 13, que seguirá com a paralisação de suas atividades na próxima quinta-feira, dia 16, e fará mobilização pelas ruas da cidade de Tobias Barreto.

O objetivo é dialogar com a população e mostrar como a administração do prefeito, Dilson de Agripino, tem desrespeitado o direito das professoras e professores; espalhado inverdades e não busca a via da negociação para cumprir a Lei.

Já na sexta-feira, dia 17, as professoras e professores retomam às aulas, e a categoria se reunirá novamente em assembleia para deliberar novas ações. A assembleia será no Auditório da Educação, às 19h.

A falta de diálogo, com o intuito de abrir canal de negociação, tem sido uma triste marca da gestão do prefeito Dilson de Agripino. Uma audiência para tarar sobre a atualização do piso de 2023 e pagamento do restante do percentual de 2022 estava agendada com o SINTESE para a quinta-feira, 16, dia da paralisação das professoras e professoras. Mas a gestão municipal optou por desmarcar a audiência e não informou nenhuma nova data.

Sem diálogo e sem direito

Diferente do que foi dito pela gestão municipal, no final do ano passado, Tobias Barreto não atualizou integralmente o piso salarial de 2022 para professoras e professores, pagando apenas 10% dos 33,24% estabelecidos por Lei para aquele ano.

Até a presente data, a gestão de Dilson de Agripino, também não abriu qualquer canal de diálogo e negociação com relação a atualização de 2023. O percentual de 2023 é de 14,95%.

É importante destacar que a atualização do piso salarial é garantida, desde 2008, a professoras e professores da rede pública de todo o Brasil por meio da Lei Nacional 11.738. A Lei diz que o piso deve ser atualizado anualmente, sempre em janeiro. A atualização deve ser feita de forma automática e assegurando os direitos da carreira, cumprindo decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça.

A questão em Tobias Barreto não é falta de verbas para cumprir com que estabelece a Lei, e sim falta de vontade política por parte do prefeito Dilson de Agripino, que infelizmente faz a opção por desvalorizar e desrespeitar o direito de professoras e professores.

Para o coordenador do SINTESE na região Centro Sul e professor em Tobias Barreto, Estefane Lindeberg, o que está sendo visto em Tobias Barreto é uma gestão que ser recusa ao caminho do diálogo, que se recusa a encontrar mecanismo para assegurar o direito dos professores e professoras e por isso a categoria precisa se manter forte e unida.

“Não podemos ficar parados olhado a gestão municipal simplesmente ignorar as nossas reivindicações e ignorar o que estabelece a Lei. Por isso, vamos seguir com a paralisação no dia 16 de março, precisamos estar fortes e unidos na luta por nosso direito. Estamos abertos e queremos o caminho do diálogo, mas a gestão do prefeito Dilson de Agripino insiste em se distanciar de nossa categoria. Não estamos pedindo favores, essa não é uma questão pessoal, a atualização do piso é Lei e deve ser cumprida” alerta taxativamente o coordenador do SINTESE.