Professores e professoras de quatro cidades do Agreste lutam contra o fim de turmas dos ensinos fundamental e médio

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Professoras e professores da rede estadual de ensino de quatro cidades do agreste sergipano, juntamente com a coordenação do SINTESE na região, se reuniram com o Diretor Regional de Educação, da DRE3, para debater e pedir soluções para demandas existentes em unidades de ensino das cidades de Itabaiana, Frei Paulo, Ribeirópolis e Malhador.

Em Itabaiana, no Colégio Estadual Nestor Carvalho Lima, e em Ribeirópolis, no Colégio Estadual João XXII, professores e professoras reclamam sobre o fechamento de turmas do ensino médio, no turno da noite, embora haja demanda de matrículas.

Ao não assegurar as turmas do turno da noite nas unidades de ensino, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), traz sérios prejuízos aos estudantes trabalhadores e trabalhadoras que ficam com opções reduzidas ou sem ter condições de concluir os estudos.

Já em Frei Paulo, no Colégio Estadual Martinho Garcez, e em Malhador, no Colégio Estadual São José, a ameaça é o fechamento gradativos de turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ano ao 5º ano.

No caso de Frei Paulo e Malhador, ambos os Colégios fizeram a pré-matrícula das crianças do 1º ano do ensino fundamental e apresentaram, ao Diretor da DRE3, os números de interessados em iniciar o ano letivo de 2023 nas unidades de ensino, comprovando que a demanda por matrículas existe.

A coordenadora do SINTESE na região Agreste, professora Rita de Cássia, lembra que infelizmente, ao longo dos anos, os governos que estiveram à frete do estado de Sergipe, juntamente com os gestores da Seduc, investiram em uma política descabida de fechamento de turmas e turnos, mesmo havendo a demanda por matrículas. E pontuou os prejuízos para rede estadual de ensino.

“O prejuízo de tal política é imenso, pois atinge a todos que estão envolvidos na rede, mães e estudantes que têm que buscar outras escolas, muitas vezes distantes de casa, ou até, como é o caso do ensino médio, ter dificuldade para concluir os estudos. Envolve também professores e demais trabalhadores das escolas que podem ficar sem seus locais de trabalho e com incertezas para o futuro. Além do prejuízo humano, temos o prejuízo financeiro, já que a matrícula está diretamente ligada ao financiamento da educação. A matemática é simples: Mais matrícula, mais dinheiro. Esperamos que a Seduc, nessa nova gestão, ouça os apelos das comunidades, reabra as turmas do ensino médio noturno e também siga ofertando os anos iniciais do fundamental. Se há estudante para se matricular, não há porque acabar com as turmas” avalia a dirigente do SINTESE.

O diretor da DRE 3 se comprometeu a marcar audiência com a Secretaria da Estado da Educação para passar todas as demandas levadas pelas comunidades escolares, dos quatro municípios.