SINTESE e Seduc tem audiência sobre a pauta reivindicações do magistério

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O Março Vermelho, mês de luta de professoras e professores, segue a todo vapor e hoje, 20 de março, teve ações importantes. O dia começou com um ato na porta da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), reunindo professoras e professores de várias cidades do Estado.

Ao final da manhã, diretores do SINTESE entraram para uma audiência com o secretário de Educação, Zezinho Sobral. O encontro teve pauta importante e tratou de férias, calendário letivo 2024 e carreira, e terminou com uma série de encaminhamentos, que foram detalhados pelo presidente do SINTESE, Roberto Silva, à categoria que ficou em vigília em frente à secretaria.

Férias

“Há um número grande de professoras e professores que ainda não receberam o terço de férias. Esse pessoal tirou férias em janeiro e até agora não recebeu”, destacou Roberto. Ao tomar conhecimento que são mais de dois mil professoras e professores nesta situação, o secretário Zezinho que o setor de recursos humanos da Seduc resolva imediatamente esta questão.

“E, para que este problema não se repita, será marcada uma reunião entre o SINTESE, a Seduc e a Secretaria de Estado da Administração para descobrir soluções no sistema de pagamento do Estado”, acrescentou o presidente.

Calendário Escolar 2024 e os sábados letivos

“Nós entendemos que o calendário letivo de 2024 é desumano com os professores e neste sentido no final de 2023, a direção sindicato teve audiência com Seduc solicitando alterações para reduzir essa grande quantidade de sábados letivos. Como a Seduc manteve o calendário, entendemos que é necessário o pagamento de horas-extras. Esta quantidade de sábados letivos vai extrapolar a carga horária dos professores e isso precisa ser compensado”, explicou Roberto.

A partir da explanação do SINTESE, o secretário compreendeu que esta jornada de sábados letivos extrapola a carga horária dos professores e que, portanto, precisa ser feita uma comunicação interna para que os diretores das escolas informem a carga horária dos professores aos sábados para que seja pago em hora extra.

Valorização

“Em relação ao cenário de nossa valorização em geral, a aplicação da atualização do piso salarial nacional no percentual de 3,62%, o secretário mais uma vez foi muito enfático ao dizer que não tem como fazer”, disse Roberto.

Mais uma vez, o SINTESE reafirmou sua posição pela garantia da atualização do piso salarial de professoras e professores, pois ela garante de fato a valorização da categoria e o secretário Zezinho Sobral acabou afirmando que, na próxima audiência, trará em relação às gratificações de triênio e GATI.

“Essa é uma discussão que nós vamos continuar fazendo para não perdermos o poder de compra que conquistamos em janeiro, com o início da retomada da carreira. Mas, se o governo não fizer a atualização, já vamos perder 3,62%. Vamos continuar lutando pela atualização do piso e pelo descongelamento de triênio, da GATI e outras gratificações”, afirmou o presidente do SINTESE.

Nova audiência

Uma nova audiência vai acontecer entre o SINTESE e a Seduc logo após a Semana Santa, a data ainda está em aberto. “Politicamente, este ato foi importante porque demonstra para o governo que nós não vamos abrir mão de nossos direitos: piso salarial, descongelamento de gratificações, entre outros”, disse Roberto. Após esta audiência, será chamada uma assembleia geral da categoria para discutir e tirar encaminhamentos.

E a nova demonstração de força política nossa será nesta sexta, dia 22, com a grande marcha em defesa da educação e contra a privatização da Deso”.

“Por isso, nesta sexta, dia 22, sairemos em marcha pelas ruas de Aracaju, junto com os trabalhadores da Deso e a sociedade em geral, em defesa da educação e contra a privatização da Deso”, conclamou Roberto. A concentração será às 7 horas, em frente à Deso, na rua Campo do Brito, 331, bairro 13 de Julho, em Aracaju.