Durante o Conselho de Representantes do Sintese (Ceres), o debate mais denso foi, sem dúvida, aquele que tratou da Avaliação de Desempenho. Hildebrando Maia e Iran Barbosa trataram de alertar os professores dos riscos que a educação pública em Sergipe corre, caso esse modelo seja efetivado.
A Avaliação (que ganha destaque neste site) sustenta-se em uma lógica de aferição fragmentada, pautada pelo ranqueamento de alunos e professores, contendo ainda práticas discriminatórias, como por exemplo, rotular estudantes a partir de seu desempenho nas atividades criando um grupo de avançados e outro de alunos atrasados.
O projeto de Avaliação de Desempenho do Governo Déda, alavancado pelo “Índice Guia”, vai de encontro à Constituição Federal, à Lei de Diretrizes e Bases e também fere a resolução nº 02/2009 do Conselho Nacional de Educação, que defende uma avaliação sistêmica e não apenas do professor. Nas palavras de Iran Barbosa, o programa pretende “burocratizar a atividade pedagógica, transformar o professor num preenchedor de formulário”.
A Avaliação de Desempenho trará para as escolas públicas os primeiros indícios de privatização e em contrapartida, tem-se a não responsabilidade do estado em garantir uma educação de qualidade social.
Ações de luta
No Ceres, novos encaminhamentos de luta e de enfrentamento a esse modelo devem ser apresentados. Um documento orientando os professores a não postar plano de curso na internet, utilizando seu CPF e data de nascimento, não assinar contrato de gestão ou preencher portfólios será produzido contendo orientações de lutas já aprovadas em assembleias da categoria.
O professor ou a professora que quiser agendar o debate pode entrar no site do Sintese e solicitar que a direção faça um estudo do Índice na sua escola.
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