Ana Lúcia cobra investimento em Educação e condições de trabalho para professores.
Para explicar aos deputados a importância da consolidação da Lei do Piso Profissional do Magistério, a deputada Ana Lúcia (PT) falou no plenário da Assembleia Legislativa sobre as condições concretas de trabalho dos professores e defendeu a história de luta da categoria. Seu pronunciamento foi depois da aprovação na sala das Comissões do projeto de reajuste do Piso do magistério, enviado à Casa do Poder Legislativo pelo Executivo Estadual.
Ana Lúcia lembrou que o desafio dos professores não é só nas ruas pela concretização do Piso Profissional, conquistado depois de 23 anos de luta, mas em sala de aula com a falta de estrutura para a educação. “O magistério é a primeira categoria que conquistou a regulamentação do Piso Nacional. Os governos do PSDB, liderados por Serra, entraram com processo na Justiça questionando a legalidade do nosso Piso. Passamos mais três anos lutando. E este sindicato combativo, que não é coorporativo, desde 1992 tem na sua linha a proposta de formar educadores críticos, que tenham consciência do seu papel. Por isso quero dizer aqui aos colegas parlamentares: nós não temos medo de avaliação de desempenho não. O Ideb está baixo? Vá visitar as escolas, aquelas de Ensino Médio que receberam mais de R$ 200 mil, cujo diretor não socializou nem discutiu e por isso nós não sabemos para onde foi o dinheiro. O professor continua só com o quadro e o giz”, denunciou.
A deputada Ana Lúcia lembrou que a labuta diária do professor em sala de aula é maior do que muitos pensam, pois a escola é o local onde os problemas sociais ficam mais evidentes. “Nós temos que saber lidar com o jovem que tem dependência química. Temos que saber lidar com o jovem que sofre violência sexual dentro de casa. Mas as políticas públicas não estão dando esta condição. Eu quero ver a avaliação das DREs, das Diretorias Regionais de Educação. Por que só o professor é que vai ser avaliado? Que história é esta de dizer que é o professor que está gerando o baixo índice de desenvolvimento das escolas? Vá ver as condições concretas. Qual foi o espaço que ele teve para pesquisar, para estudar? Ou ele teve que vender a sua força de trabalho em dois e três lugares como o nosso filme ‘Carregadoras de Sonhos’ coloca? Por isso nós vamos votar num projeto que é inconstitucional, fere a Constituição e atropela o Plano de Carreira”, criticou.