Pelo direito à aposentadoria, lideranças sindicais constroem dia de greve e protesto

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“Se botar pra votar, o Brasil vai parar”, a frase reafirmada por cada liderança sindical deu o tom do dia de luta em Sergipe e greve de 14 categorias de servidores públicos contra a Reforma da Previdência, nesta segunda-feira, dia 19 de fevereiro.

Em Aracaju, desde às 7h da manhã, a agência do INSS da Avenida Ivo do Prado ficou repleta de lideranças sindicais dialogando com a população sobre a Reforma da Previdência que mantém privilégios de políticos, juízes e do Exército, enquanto massacra a população brasileira do campo e da cidade tornando a aposentadoria e previdência social inacessíveis a quem mais precisa.

“A grande vitória dos últimos anos do movimento sindical foi a unidade que conseguimos construir. A reforma da previdência conseguiu unificar os trabalhadores de Sergipe e do Brasil. E além da luta contra a reforma da previdência, é preciso informar a população que intervenção militar é um atentado à democracia. Não se pode aplaudir essa intervenção. O que combate de verdade a violência é uma política articulada de educação, moradia, geração de emprego, cultura, arte e policiamento”, alertou o presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques.  

Vice-presidente do SINTESE e secretário de Formação da CUT/SE, Roberto Silva citou o reajuste automático da idade de aposentadoria conforme expectativa de vida para mostrar a dimensão das perdas que a Reforma da Previdência trará para trabalhadores brasileiros. “A reforma da previdência tem o objetivo claro de impedir a aposentadoria do trabalhador brasileiro. Estou aqui vendo policiais, professoras e professores que vieram de todos os estados de Sergipe para participar deste protesto porque sabem o desgaste do dia-a-dia de cada uma destas profissões que ficarão sem aposentadoria especial e terão que trabalhar muito mais para receber muito menos na aposentadoria”.

À tarde, em frente ao Palácio do Governo, servidores públicos da ativa e aposentados denunciaram o governo de Jackson Barreto (PMDB) por implantar em Sergipe a mesma política do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) de massacre aos aposentados, perseguição aos trabalhadores e desmonte do Estado. Há cinco anos o governador não concede reajuste, além de parcelar e atrasar o salário de servidores, aposentados e pensionistas.

Professora aposentada e dirigente da Cut nacional, Ângela Melo saudou todas as trabalhadoras e trabalhadores que mais uma vez atenderam ao chamado das centrais sindicais contra a Reforma da Previdência. “O governador Jackson, deliberadamente, atrasa o salário dos servidores. O pessoal do fisco já comprovou que não é por falta de recurso, mas por falta de vontade política de tratar o servidor como ele realmente merece. Se Temer na presidência está retirando direitos, Jackson fez a mesma coisa aqui, a cada ano têm retirado direitos, a exemplo do pagamento do terço, entre outros direitos retirados. Sobre a Reforma da Previdência, a professora Ângela afirmou que “é a unidade e a resistência da classe trabalhadora nas ruas, nas praças, no campo e na cidade que vão derrotar o governo golpista de Michel Temer”.