Como resposta à política do governo de estado de desvalorização dos servidores públicos, nesta semana, os professores, nutricionistas, técnicos em nutrição, assistentes sociais, psicólogos e farmacêuticos deliberaram por paralisação de 24h na quarta-feira, dia 16 de agosto. Nesta data, a partir das 9h, haverá ato público na Assembleia Legislativa. O ato é para cobrar dos deputados ações efetivas em defesa dos servidores públicos e do magistério da rede estadual.
A insatisfação dos servidores públicos do governo de Sergipe chegou ao limite. Há servidores que estão completando o quinto ano seguido sem reajuste salarial, há muito tempo não sabem quando vão receber o salário e têm que lidar diariamente com a falta de condições de trabalho. Aposentados e pensionistas estão numa situação ainda pior, pois recebem o salário parcelado.
O assistente social, dirigente do SINDASSE que trabalha na Saúde, Anselmo Meneses, afirmou que o sucateamento do serviço público não pode ser tolerado. “Sabemos que a insatisfação não é só na área da Saúde. Além da desvalorização dos servidores públicos que há anos veem seu salário sendo comido pela inflação, outro ponto importante é a falta de condições de trabalho. Na saúde falta material para o atendimento e até cadeira falta no HUSE. Queremos saber: para onde está indo o recurso público? Esse estado trabalha para quem?”.
Mychelyne Ferreira , dirigente do SINDINUTRISE, reforçou que os servidores não podem aceitar que essa situação continue. “A pauta principal é reposição salarial, os salários já estão congelados há quase 5 anos, queremos os salário em dia e sem parcelamentos, visto que o salário em dia é um direito de todo servidor ou empregado publico, trata-se de verba alimentar. Além disso, a Saúde carece de atenção, respeito e dignidade tanto para o trabalhador quanto para a população, que vem tendo a assistência prejudicada e o acesso comprometido”.
A dirigente sindical lembra que é preciso a união dos servidores públicos para que ela tenha resultado. Ela espera que a paralisação chame a atenção da população sergipana para o desgoverno de Jackson Barreto, massacrando os trabalhadores, piorando o acesso às políticas públicas, à saúde, educação e segurança.
Em assembleia geral realizada no dia 9 de agosto, as professoras e professores da rede estadual deliberaram que também irão parar e participar do grande protesto. A presidente do SINTESE, Ivonete Cruz, enfatizou que desde o início de sua gestão o governador Jackson Barreto não reajusta o salário dos servidores estaduais. O desrespeito e o descaso por parte do gestor estadual aos servidores aposentados e aposentadas tem sido uma constante, pois, desde 2015, sofrem com os constantes atrasos no pagamento de seus proventos de aposentadoria.
“A política de Jackson Barreto é de destruição do servidor público. É uma política de maldades que atinge, a nós professores e professoras, da ativa e aposentados. Por isso, a hora é agora! Vamos ocupar as ruas para fazer luta e resistência contra o governo Jackson Barreto, que sem nenhum pudor segue a linha do governo golpista de Michel Temer e massacra os trabalhadores de Sergipe. No dia 16 de agosto, servidores e servidoras, da ativa e aposentado, farão enfrentamento direto a Jackson Barreto, em uma só voz, nas ruas, vamos desmascarar a sua política nefasta”, convocou.
Há recursos
Os sindicatos cutistas também questionam para onde estão indo os recursos, pois há recursos para salários em dia e assegurar serviços públicos de Saúde, Educação Segurança e Assistência Social de qualidade para o povo. As receitas só tem crescido. O povo de Sergipe precisa saber onde está sendo investido o dinheiro dos impostos que são pagos, pois o governador não valoriza os servidores nem assegura serviços públicos de qualidade.