Os professores aposentados da rede estadual farão ato público “Natal da Miséria” na terça-feira, dia 22, a partir das 8h em frente ao Palácio de Despachos. O ato é uma representação de como serão as festas de final de ano dos educadores e educadoras aposentados.
Há meses os aposentados têm sofrido com atrasos e parcelamentos e nos últimos dias sofreram mais um golpe, pois ficarão sem décimo terceiro e os proventos de dezembro só serão pagos no dia 11 de janeiro.
“Nós aposentadas e aposentados temos sido os mais castigados. Mas não vamos esmorecer, estaremos nas ruas lutando pelos nossos direitos”, disse a professora Maria Luci Leite, diretora do Departamento de Aposentados do SINTESE.
Os aposentados decidiram realizar o ato em plenária realizada nesta quarta-feira, 16, no auditório do Oratório de Bebé. O SINTESE realizou o encontro para informar aos aposentados sobre as ações judiciais impetradas pelo sindicato para garantir o pagamento dos proventos dentro do mês e do décimo terceiro até o dia 20 e sobre o projeto de lei aprovado na terça-feira, 15, que legitima o calote do governo.
Nas mãos do desembargador Cezário Siqueira
Sobre o pagamento dos salários dentro do mês e do décimo terceiro até o dia 20, o SINTESE impetrou com duas ações.
A primeira ação já tem resultado de liminar que intimou o SergipePrevidência a fazer o pagamento dos aposentados até o dia 30, mas o instituto recorreu e agora a liminar está nas mãos do desembargador Cesário Siqueira Neto.
De acordo com o advogado José Carvalho Júnior, da assessoria jurídica do SINTESE, devido ao pouco tempo (o Poder Judiciário entra em recesso a partir do dia 21) vai caber unicamente ao desembargador decidir se os aposentados receberão os proventos de dezembro ainda este mês.
Ele informou também que o sindicato está acompanhando o andamento da segunda ação judicial (que solicita o pagamento do décimo até o dia 20) para saber quem será o magistrado responsável por deferir, ou não, a solicitação do sindicato.
Não façam empréstimos
O sindicato também orientou aos aposentados que não contraiam empréstimos, pois no projeto aprovado na Assembleia Legislativa não há nenhuma garantia de que teremos o 13º parcelado, nem mesmo que o governo do Estado se responsabilizará pelo pagamento das parcelas do abono junto ao banco, caso o servidor faça o empréstimo. Por isso, o SINTESE considera que o projeto aprovado na ALESE é um calote ao servidor público.