Em audiência na manhã desta quarta, 27, no Palácio de Despachos o vice-governador Belivaldo Chagas afirmou a estudantes do Colégio Manuel Dantas em Cedro de São João e professores, pais e estudantes do Colégio Estadual Gonçalo Rollemberg Leite em Aracaju que irá visitar 10 escolas e fará um relatório ao governador Jackson Barreto sobre a forma como tem sido implantado um modelo de ensino médio em tempo integral, através dos centros experimentais de ensino médio.
Os membros das comunidades escolares primeiro foram a Secretaria de Estado da Educação – SEED, mas ao saberem que o superintendente Everton Siqueira estava no Palácio de Despachos, se dirigiram para lá, onde foram recebidos também pelo vice-governador.
Os estudantes das duas escolas reclamam da falta de condições físicas para que ambas funcionem como centros experimentais para ensino médio e tenham a modalidade integral. Além do fato da SEED não ter feito um estudo detalhado do impacto, principalmente no caso da escola de Cedro de São João que é única escola estadual do município a oferecer turmas nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio regular.
O vice-governador ouviu os relatos dos estudantes e demonstrou preocupação, principalmente no que tange a escolha de algumas unidades de ensino para transformarem-se em centros experimentais de ensino médio e oferecerem somente o ensino médio em tempo integral. Fez questão também de passar o próximo número de celular para que os estudantes pudessem enviar fotos das condições físicas das escolas.
Ele agendou uma nova reunião dia 09 de janeiro às 10h no Palácio de Despachos com todas as unidades de ensino que apresentaram (e apresentam) problemas na implantação dos centros experimentais.
O sindicato tem feito o debate sobre a forma como o ensino médio em tempo integral chegou a Sergipe. Em nenhum momento o SINTESE se colocou contra o ensino médio em tempo integral, mas tem várias críticas em relação a forma como a SEED quer introduzi-lo na rede estadual.
“O SINTESE tem acompanhado com preocupação a forma como a SEED tem imposto o ensino médio em tempo integral na rede estadual. Falta um diagnóstico de como a mudança de modalidade vai afetar as matrículas do ensino fundamental, não há alternativa para aqueles que não quiserem ou não se adequarem a nova modalidade, falta diálogo com as comunidades escolares, em várias unidades de ensino houve fraude na votação dos conselhos isso sem contar que em várias delas a estrutura física fica aquém do desejado”, aponta a professora Cláudia Oliveira diretora do Departamento de Base Estadual do SINTESE.