A perda de recursos é ocasionada pelo número de matrículas nos centros experimentais de ensino médio ser menor que o projetado pelo MEC
O Ministério da Educação projetou que em 2017 a rede estadual de Sergipe teria 3040 estudantes matriculados no ensino médio em tempo integral nas 15 unidades escolares que funcionam como Centros Experimentais de Ensino Médio, mas o modelo imposto pela Secretaria de Estado da Educação – SEED fez com que somente 1949 estudantes fossem matriculados. Com isso a educação da rede estadual deixou de receber em recursos do FUNDEB mais de R$4 milhões (R$4.612.988,22). Esse valor é calculado com base no custo aluno do ensino médio integral para 2017. Cada matrícula equivale a R$4.228,22 (valor mínimo nacional investido por estudante).
Rejeição
Os dados de matrícula mostram que as comunidades escolares rejeitaram os Centros Experimentais de Ensino Médio. O modelo foi imposto às escolas da rede estadual pela Secretaria de Estado da Educação sem que houvesse um diagnóstico das realidades escolares e, em muitos casos, sem amplo debate com as comunidades escolares.
Não foi por falta de aviso
Tal situação, infelizmente, não é surpresa para o SINTESE. Desde o início da ofensiva da SEED em implantar os Centros Experimentais de Ensino Médio a qualquer custo que o sindicato alerta os prejuízos que essa ação ocasionaria.
“A ação da gestão de Jorge Carvalho em implantar os centros experimentais está gerando prejuízos para a educação da rede estadual. O modelo, além de ser excludente, tem gerado a perda de recursos e no atual cenário onde o magistério está há quatro anos sem reajuste e o governo alega falta de recursos isso é inadmissível”, aponta o vice-presidente do SINTESE, Roberto Silva dos Santos.