Direção do SINTESE é recebida pelo governador Jackson Barreto

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Essa foi a primeira audiência do governador com o sindicato desde a eleição em 2014

A audiência foi marcada após abordagem de professoras aposentadas em Frei Paulo

Essa foi a primeira audiência do governador com o sindicato desde a eleição em 2014

Membros da direção do SINTESE foram recebidos pelo governador Jackson Barreto na tarde desta sexta, 15. Também participaram da audiência o vice-governador Belivaldo Chagas, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Rosman Pereira e de Comunicação, Sales Neto. Na pauta: a revisão de piso salarial e a reconstrução da carreira do magistério, o atraso e parcelamento do pagamento de salários de aposentados e o método de implantação do ensino médio em tempo integral.

Quanto ao item da revisão do piso e recuperação da carreira, a direção do SINTESE, deixou bem claro, a partir de análise jurídica, que o maldito projeto de congelamento de salário aprovado nessa mesma tarde na Assembleia Legislativa não é empecilho para a revisão geral de piso para todos os professores nem para a recuperação da carreira, pois esta reivindicação trata-se de determinação legal, daí essa ser uma decisão política do governo. Para subsidiar os cálculos, a direção do SINTESE entregou um estudo de recuperação de carreira produzido pela própria secretaria de planejamento e gestão.

O governador e o vice-governador responderam a este item dizendo que vão fazer mais estudos e tão logo concluído, ainda no mês de janeiro, chamariam o sindicato para nova audiência.

No tocante ao item do atraso e parcelamento de salários de aposentados a direção do SINTESE reiterou que em Sergipe as receitas têm aumentado e é um dos estados brasileiros que apresentam crescimento quase zero com salários no Executivo, em razão dos diversos anos de congelamento de salário, e que para regularizar o pagamento de aposentados há a necessidade de manter os valores de aporte que se verificaram antes da fusão dos fundos. A alegação do governo é de que as receitas não crescem como o esperado, e não deram nenhuma perspectiva de resolver a situação.

Quanto ao item do método de implantação do Ensino Médio Integral, foi frisado que Sergipe em pouco tempo viverá o caos absoluto na Educação, com as escolas transformadas em elefantes brancos. As unidades de ensino médio em tempo integral têm baixa procura, e é inadmissível que tenhamos 40 escolas funcionando com esse modelo, sem que tenha sido realizado nenhum estudo e diagnóstico para a implantação da modalidade. 

Tem três regiões em Aracaju que em 2018 teriam várias escolas em tempo integral muito próximas uma da outra. Na região entre o conjunto Médice e bairro Grageru, o antigo Colégio João Alves, o Colégio Goncalo Rollemberg e o Colégio Nelson Mandela. Na região do Bairro Industrial e Coqueiral teríamos antigo Jose Alves do Nascimento (hoje Maria das Graças Azevedo)e Colégio Paulo Freire (antigo Castelo Branco). No Centro da cidade teríamos s Atheneu (funcionando nesse momento no bairro Getúlio Vargas), Dom Luciano e Djenal Tavares de Queiroz. 

Há casos como em Divina Pastora, onde só existe uma única escola de ensino médio, lá os estudantes  que não desejam o ensino médio em tempo integral terão que se deslocar para outros municípios. Há ainda a questão da infraestrutura dessas escolas e os problemas advindos do funcionamento compartilhado com o ensino parcial, além da irregularidade no processo de definição nos conselhos escolares.

Quanto a esse item o governador sugeriu que a direção do sindicato fizesse um documento objetivo sobre os problemas no método de regionalização e implantação do ensino médio em tempo integral, e que ainda esse mês se reuniria com o sindicato e o secretário de educação para tratar do assunto.

Essa foi a primeira audiência do SINTESE com o governador depois da sua eleição em 2014, e assim, o sindicato acompanhará o desenrolar das negociações com vigilância e cobrança a um governo que tem se caracterizado como um vilão dos servidores públicos.