Ao invés de incentivar os educadores a realizarem projetos no colégio que envolva os estudantes e permitam que eles se tornem cidadãos e cidadãs críticas. A Secretaria de Estado de Educação – SEED pode inviabilizar a realização de qualquer projeto.
A SEED está insistindo em tomar posse de uma sala (que é a maior da escola) que é usada como auditório, mesmo a unidade de ensino já ter oferecido outras dez salas para que a secretaria utilize-as para o pré-universitário (Pré-SEED). Caso a sala seja disponibilizada somente para o Pré-SEED, os projetos “Debatendo Grandes Temas” e “Cine Debate” não poderão ser realizados, pois eles dependem exclusivamente do auditório. Os dois projetos são organizados pelo professor de Língua Portuguesa e Literatura, Rubens Marques e conta com o apoio da direção e da comunidade escolar.
Pode até se perguntar, mas porque a SEED quer essa sala especificamente e não aceitou as outras dez oferecidas pela unidade de ensino?
A resposta está no fato de que o auditório é o único espaço no estabelecimento de ensino que conta com ar condicionado, telão e equipamento de projeção. Todo esse aparato só foi comprado e instalado pela direção da escola para atender a uma demanda do projeto. Como a sala onde funciona o auditório é a maior da escola, não há possibilidade dele ser mudado para outro espaço, inclusive há outro espaço que até poderia ser usado (com muito esforço como auditório), mas este já está ocupado pela SEED.
Ao invés de dotar toda a escola de estrutura mínima para dar melhores condições de trabalho ao corpo docente e oportunidade aos estudantes em desenvolverem o senso crítico a partir de debates e filmes, prefere criar obstáculos e até promover a extinção do projeto.
Segunda-feira o professor irá reunir os alunos e informar sobre a possibilidade deles perderem o auditório e inviabilizar o projeto.. Ele disse ainda “O Estado já não oferece condições para prática do ensino que vá além da sala de aula e quando o professor por iniciativa própria resolve implementar algo diferente, ainda enfrenta barreiras”, e completou dizendo que irá mobilizar a comunidade escolar para manter o auditório.