Estudantes da zona rural de Malhador não conseguem assistir aulas

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A comunidade escolar exige reforma

Desde a adoção do Programa Ensino Médio Inovador, na Escola Estadual JoséA comunidade escolar exige reforma Joaquim Cardoso, localizada em Malhador, os estudantes que residem na zona rural do município não estão conseguindo assistir as aulas do último horário. Isso porque com a adesão ao Programa a escola que antes tinha apenas cinco horários criou um sexto, ampliando a carga horária para abarcar as atividades do Projeto.

Os jovens que vivem na zona rural dependem do transporte escolar  para retornarem as suas residências, no entanto, o transporte sai da escola ao fim do quinto horário, ou seja, se o estudante da zona rural assistir a aula do sexto horário ele não tem com ir para casa depois.  O que agrava ainda mais a situação é que teoricamente o sexto horário deveria ser utilizado para atividades ligadas ao Programa com artes, esportes, entre outras, no entanto, foram distribuídas no sexto horário disciplinas do componente curricular obrigatório como matemática e história.

Os alunos da zona rural estão se sentindo prejudicados e excluídos pelo fatoMato cresce nos arredores do prédio da Secretaria Estadual de Educação (SEED) não disponibilizar o transporte escolar após o sexto horário. Muitos  não conseguem assistir a aula de matemática, por exemplo, já que em algumas turmas a disciplina foi colocada para o sexto horário.  A preocupação entre os estudantes é grande e não há outra opção, a Escola Joaquim Cardoso é a única da cidade a oferecer o Ensino Médio.

Programa Ensino Médio Inovador

O Programa faz parte das ações do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio. Seu objetivo é fortalecer e desenvolver uma grade curricular inovadora e mais dinâmica nas escolas de Ensino Médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola, na perspectiva de educação integral.

São desenvolvidas atividades que contemplam diversas áreas do conhecimentoComputadores queimados devido às goteiras da sala de informática divididas em oito macrocampos: Iniciação científica e pesquisa, comunicação e uso das mídias, cultura digital, acompanhamento pedagógico, cultura corporal, participação estudantil, cultura e artes e literatura e letramento. A adesão ao programa é feita pela Secretaria Estadual de Educação, a escola recebe apoio técnico e financeiro do Governo Federal por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Abandono

A Escola Joaquim Cardosos não tem a mínima condição de oferecer  um Programa como o Ensino Médio Inovador aos seus alunos. Não só pelo fato da Secretaria Estadual de Educação não garantir transporte escolar aos alunos que vivem na zona rural após o sexto horário, mas também pela precária estrutura física da instituição.

Há infiltração por toda a escola, goteiras nas salas de aula. Por conta disso, 14A aluna do 1º B, Suellen Santos quer ter orgulho da escola em que estuda computadores da sala de informática estão queimados. São vidraças quebradas, carteiras ruins, quadra esportiva sem estrutura e um matagal crescendo ao redor da escola. Para a aluna do 1º ano B, Suellen Santos, é urgente à necessidade de melhorias na estrutura física da escola. “É muito triste ver a nossa escola desse jeito. Nós queremos salas de aula melhores, laboratório de informativa e uma sala de vídeo. Precisamos de uma ampliação e de uma reforma urgente”, coloca a jovem.

Na quinta-feira, 22, representantes da SEED estiveram na Escola para ouvir estudantes, pais, professores, coordenação e direção sobre a atual situação da instituição de ensino. Os representantes registraram as queixa e se comprometeram a fazer um relatório para encaminhar ao Secretário de Estado da Educação para que as providências sejam tomadas. Os representantes da SEED não estipularam um prazo para levar soluções às questões colocadas pela comunidade escolar.