Estudantes, professoras, mães e responsáveis assustados. Esse foi o cenário encontrado na manhã desta segunda-feira, na Escola Estadual prof. André Mesquita Medeiros localizada no bairro Santa Maria. Por volta das 8h15 três homens armados invadiram a escola e levaram celulares das professoras, estudantes, do motorista do ônibus escolar. Uma das professoras também teve a chave do carro levada por não ter um “celular bom”.
“Não há segurança nessa escola. Ficamos todos a mercê de bandidos”, disse Valéria dos Santos que tem um filho de 9 anos matriculado na escola. Avó de três estudantes, Vera dos Santos denuncia que não há porteiro, nem vigilante na escola.
A escassez de funcionários não se limita a portaria do estabelecimento de ensino. Atualmente a limpeza da escola é feita de forma voluntária pela mãe de um dos estudantes.
“Enquanto a Secretaria de Estado da Educação os casos de violência nas escolas estaduais como fatos isolados, sem empreender uma política séria de prevenção e combate a violência na escola, lamentavelmente veremos outros casos acontecerem”, aponta a diretora do SINTESE, Ana Cristina Lima, que conversou com as educadoras da escola ainda na delegacia onde foi prestada queixa sobre o ocorrido.
Também causou estranhamento a orientação da Secretaria de Estado da Educação de manter as aulas normalmente no turno da tarde. Mas de acordo com as professoras, não “há clima” para ministrar aula nesta segunda.
Essa é a segunda vez que a escola é alvo de assalto. Segundo informações do site da Secretaria de Estado da Educação a escola conta com 347 alunos do 1º ao 5º ano.
Mobilização de todos
Na semana passada a vice-presidenta do SINTESE teve audiência com o secretário de Segurança Pública, Mendonça Prado, no sentido de buscar informações sobre investigações de outros casos de violência ocorrido em unidades de ensino e também solicitou do secretário que seja marcada uma reunião para discutir ações de prevenção e combate a violência nos arredores e dentro das escolas.
Para o SINTESE é preciso um amplo debate que envolva não somente as secretarias de Educação e Segurança, mas todo o aparato governamental para que junto com sindicatos e sociedade civil organizada possam encontrar alternativas para dirimir o problema da violência nas escolas públicas da rede estadual.