A falta de segurança e de funcionários para o exercício das atividades da escola e uma reunião em que a equipe diretiva propôs aos professores que o turno da noite fosse suspendo até a situação voltar ao normal fizeram com que estudantes e professores da Escola Estadual Judite Oliveira se reunissem na busca de soluções para estes problemas.
A ausência de executores de serviços básicos e merendeira, no turno da noite se deve a greve dos servidores da administração geral que se iniciou no dia 25 de junho. Já a falta de porteiro e vigilante na escola é um problema mais antigo. Atualmente um funcionário que é executor de serviços básicos é que faz às vezes de porteiro.
Apesar das várias solicitações da comunidade escolar (inclusive com uma ida a Secretaria de Estado da Educação) até o momento nem vigilante, nem porteiro foram enviados para a escola.
“A situação é bem crítica. Sem ter alguém para cuidar do portão ficamos à mercê de qualquer pessoa. Pessoas estranhas têm entrado na escola e não temos como impedi-las. Não queremos que o turno seja suspenso, pois os alunos serão os mais prejudicados, mas é preciso que o governo resolva a situação”, aponta a professora de Redação Vanúsia Pereira.
A aluna Leide Queiroz está na 3ª etapa da Educação de Jovens e Adultos para o Ensino Médio (EJAEM) também reclamou da falta de segurança e não aceita a suspensão. “Se fechar, nós seremos prejudicados. Espero que as autoridades tomem as providências necessárias”, disse.
A opinião é compartilhada pelo aluno Raimundo Mendes Nascimento. “Nós estudamos à noite porque não podemos estudar pelo dia, pois muitos de nós trabalhamos. Fechar o turno, mesmo que temporariamente, prejudica a todos nós. O certo é que os responsáveis resolvam os problemas”.
Na reunião foi distribuído um abaixo assinado que solicita providências com relação a segurança e também foi formada uma comissão (com professores e alunos) que irá conversar com os estudantes dos demais turnos para assinarem o documento que será entregue na Secretaria de Estado da Educação.
“Os problemas que vivemos nessa escola são anteriores a greve dos servidores públicos. Eles estão usando um direito deles que é o de fazer greve para reivindicar. O que não pode acontecer é essa política de abandono que a Secretaria de Estado da Educação tem tratado as escolas estaduais, principalmente aquelas que funcionam no turno noturno”, aponta Ana Luzia Costa, professora de História da escola e integrante da direção executiva do SINTESE.