O único voto contrário foi da deputada Ana Lúcia que em sua argumentação em plenário disse que o projeto dos Centros Experimentais fere o artigo 215 da Constituição Estadual, a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Para deputada os CEEM ferem o princípio da universalização da política pública e também a isonomia do magistério.
“Quando estava nesta casa e o projeto dos Centros de Excelência foi apresentado eu votei contra e agora também não sou favorável a um projeto que promove a exclusão da maioria absoluta dos alunos da rede estadual e também quebra a isonomia dos educadores”, declarou a deputada.
Pela proposta aprovada hoje pela maioria dos deputados, os professores que trabalharão no Colégio Atheneu Sergipense, na Escola Estadual Ministro Marco Maciel e Colégio Vitória de Santa Maria terão que passar por seleção. “Apesar da Secretaria de Estado da Educação ter garantido aos professores destas três escolas que eles estariam garantidos, isso não conta no projeto aprovado nesta quinta”, disse o diretor de Comunicação do SINTESE, Roberto Silva Santos.
O conselho gestor que está previsto no projeto, apesar de ter a participação da sociedade civil é nomeado pelo secretário de Educação. “O modo de gestão perpetua a política da indicação nas escolas estaduais. Isso vai de encontro ao que já foi debatido entre os professores e o governo do Estado sobre a Gestão Democrática”, disse o presidente do SINTESE, Joel Almeida.