No início da noite de ontem (01) o Governo do Estado anunciou que não fará o corte de ponto equivalente aos dias de greve do mês de junho. Para o sindicato o anúncio governamental indicou que a pressão dos professores nas escolas surtiu efeito e o governo recuou.
Vale relembrar que a decisão de não se discutir calendário de reposição foi tomada na assembleia do dia 18 de junho (onde o magistério decidiu encerrar a greve) e foi ratificada na assembleia do dia 01.
A categoria está indignada com o corte dos sete dias de trabalho referentes ao mês de maio (que ocorreu no salário do mês de junho) e reivindica que os valores sejam devolvidos imediatamente. Somente após a devolução os educadores vão debater o calendário de reposição.
“A decisão de não cortar o ponto é coerente no sentido de que se ele fosse efetivado os professores ficariam desobrigados a repor as aulas. Mas até o momento o governo não se pronunciou sobre quando e como devolverá os valores referentes aos dias cortados. O melhor nesse momento é que o governo chame o sindicato para discutir a pauta de reivindicação e até agora isso não aconteceu”, disse o diretor de Comunicação do SINTESE, Joel Almeida.
A pauta de reivindicação dos professores da rede estadual envolve além do reajuste do piso salarial do magistério em 2015 (de 13,01%), implantação da gestão democrática, alimentação e transporte escolar de qualidade, não entrega das escolas de ensino fundamental aos prefeitos, reforma das unidades de ensino, garantia do pagamento da interiorização, combate a violência nas escolas, formação continuada, entre outros.
Agenda de luta
– Dia 07/07 (terça-feira): Dia de luto do magistério em solidariedade aos professores da rede estadual de Sergipe. A ideia é fazer uma grande mobilização via rádio, TV e redes sociais, que envolva não só professores de Sergipe, mas de todo o Brasil, para que neste dia o magistério use preto como forma de demonstrar luto e indignação pela situação vivida pelos professores da rede estadual de Sergipe, que vêm sendo mascarados e criminalizados pelo governo do estado;
– Dia 09/07 (quinta-feira) Coletiva de imprensa, às 07h:30, na Central Única dos Trabalhadores –CUT (Rua Porto da Folha – 1039, Bairro: Cirurgia, Aracaju) para tratar sobre os gastos do governo do estado com as folhas de pagamento dos Cargos em Comissão. Após a coletiva de imprensa os professores irão protocolar no Ministério Público Estadual (MP/SE) solicitação de improbidade administrativa contra o Governo do Estado de Sergipe;
– Dia 14/07 (terça-feira): Dia de paralisação do magistério da rede estadual e ato em frente à Secretaria de Estado da Educação, em Aracaju, às 8h;
– Dia 16/07 (quinta-feira): Nova assembleia dos professores da rede Estadual, às 15h, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Aracaju;
– Atos nos munícipios sergipanos e nos bairros em Aracaju contra o ‘Carrasco da Educação’, com participação de pais, mães, estudante e funcionário de escolas. O município de Lagarto irá realizar seu ato no dia 7 de junho;
– Atos nos municípios com entrega de dossiês sobre a situação das escolas estaduais ao Ministério Público Estadual em suas comarcas. A intenção destes atos é mostrar para a sociedade que a realidade que o governador Jackson Barreto pinta sobre a educação em Sergipe é falaciosa;
– Moção de apoio à greve conduzida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos do Estado de Sergipe (SINTRASE)
– Boicote ao desfile de 07 de setembro.