Uma comissão formada por três educadoras da Escola Estadual Olga Barreto, localizada no conjunto Eduardo Gomes, acompanhadas do diretor do Departamento de Base Estadual do SINTESE, Roberto Silva dos Santos, foram recebidos por assessores da Secretaria de Estado da Educação – SEED.
Os educadores foram entregar um abaixo assinado exigindo o retorno das obras de manutenção do prédio da escola e reforma da quadra. “Estamos vulneráveis. A obra está parada, há dias não aparece um funcionário da empresa contratada para dar continuidade ao trabalho. Não aguentamos mais isso. Não podemos ser submetidos a estas condições”, reclama a professora de Português, Sandra Idalina.
Atualmente, o muro, em um dos lados, está aberto, possibilitando a entrada de qualquer pessoa no prédio da escola. “Várias vezes fomos avisados por alunos de que alguém estranho estava transitando no interior da escola” aponta a pedagoga Djalva Lima. Ela conta também que há poucos dias a mãe de uma das aluna ofereceu tábuas para preencher as janelas ao vê-las sem vidro.
A professora de Maria da Glória também reclamou da sujeira e do mato que toma conta das áreas livres da escola, dificultando o trabalho dos educadores, estudantes e funcionários. “É impossível desenvolver alguma atividade pedagógica no atual ambiente da escola. Além disso com a mudança para um clima mais quente o odor que exala do esgoto é insuportável”, ressaltou.
Para o diretor do departamento de Base Estadual do SINTESE, Roberto Silva Santos se faz necessário uma ação emergencial da Secretaria de Estado da Educação. “A escola atualmente já vive um clima tenso, após o episódio ocorrido com o professor Carlos Cristian, e a falta de condições de trabalho só faz piorar a situação para estudantes, professores e funcionários. É preciso uma ação imediata para que esses problemas sejam resolvidos”, apresentou.
Os assessores da SEED, Eunice Dória (gabinete da secretária), Aristóteles Oliveira, Bruno Sousa (assessoria jurídica) e Fabiano Rocha (setor de Engenharia) colocaram que na próxima quinta-feira, 28, às 11h o chefe do setor de engenharia da SEED visitará a escola e fará um levantamento das necessidades mais urgentes.
Denúncia antiga
A falta de estrutura na Escola Estadual Olga Barreto não é novidade. Em novembro de 2013, estudantes protagonizaram um ato público em frente à escola. Eles exigiam segurança, a conclusão da reforma da quadra (que tinha sido iniciada em agosto) e a reforma do prédio. Em março deste ano o SINTESE voltou à escola e encontrou a obra da reforma iniciada pela empresa KSN Construções Eireli.
Agosto de 2014 já está findando. A obra da quadra completou 1 ano e não foi finalizada e a reforma da escola iniciada em março também não. Com isso a unidade de ensino tem perdido matrículas. As educadoras contam que no turno da manhã somente 7 das 16 salas estão em funcionamento, situação semelhante vive o turno da tarde.