Várias atividades de luta terão a participação das professoras e professores aposentados na Greve Geral da Educação
Professoras e professores aposentados definiram calendário de lutas para se engajarem na luta contra a Reforma da Previdência na plenária realizada na manhã desta quinta, 09, no auditório da Escola Municipal Getúlio Vargas.
No dia 15 de março, primeiro dia da greve geral, acontecerá ato público contra a Reforma da Previdência a partir das 15h na Praça General Valadão. No dia 20 a partir das 8h o SINTESE realizará uma enquete no calçadão da rua João Pessoa e no dia 22 acontece uma grande marcha estadual contra privatização da DESO, e congelamento dos salários e atraso no pagamento das aposentarias. A concentração da marcha será em frente a DESO (rua Campo do Brito, bairro São José) a partir das 14h.
Eles aderiram as ações de luta da Greve Geral convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE marcada para o dia 15 de março.
“Realizamos essa plenária para colocar a par os aposentados e aposentadas sobre os riscos da Reforma da Previdência, da implantação do modelo da SEED de Ensino Médio Integral e também da Reforma Trabalhista, pois todas as ações vão nos afetar de uma forma ou de outra”, aponta a professora aposentada Maria Luci Lima Santos dirigente do Departamento de Aposentados do SINTESE.
Além das ações de rua, o SINTESE irá denunciar ao Ministério Público e no Tribunal de Contas a falência do FUNPREV, os atrasos no pagamento das aposentadorias e irá requere que seja feita uma auditoria no Sergipeprevidência.
Prejuízos para todos e todas
A Reforma da Previdência, ao contrário do que pode se pensar, também afeta os que já estão aposentados. No caso dos professores e professoras da rede estadual, o Estatuto do Magistério prevê a paridade nas questões salariais, ou seja, os reajustes aplicados para a ativa, os aposentados e aposentadas são contemplados. Caso a PEC 287 (Reforma da Previdência) passe, essa paridade deixará de existir.
“Quando soube o verdadeiro teor dessas reformas, passei mal. São muitos prejuízos para os que estão na ativa e também para nós, aposentadas e aposentados. Por isso temos que estar nas ruas e resistir”, aponta Ana Lúcia dos Santos, professora aposentada de Itabaiana.
A destruição da carreira do magistério com a falta de reajuste do piso (2012, 2015, 2016 e 2017) para todos os níveis na carreira também afeta os aposentados que além disso, amargam o atraso no pagamento dos salários.
A política de negação de matrícula da Secretaria de Estado da Educação – SEED em fechar turmas e turnos e também de municipalizar escolas da rede estadual afeta as receitas da Educação e consequentemente também prejudicam os aposentados.
“Todas as reformas irão prejudicar os trabalhadores, trabalhadoras, seus filhos, suas famílias e nós como aposentados e por isso não podemos deixar de nos engajar nessa luta”, disse a professora aposentada Jailde Passos Professor.