Professores decidem fazer vigília e paralisação de um dia

384
Professores deliberam por paralisação e vigília de um dia durante assembleia

Em assembleia na tarde de quarta-feira, 30, professores da rede estadual deliberam por vigília Professores deliberam por paralisação e vigília de um dia durante assembleiae paralisação de um dia para a próxima quinta-feira, dia 7 de novembro. Neste dia a direção do SINTESE terá uma audiência às 16h, com o governador em exercício Jackson Barreto. A vigília começa às 8h, em frente ao Palácio dos Despachos.

A ideia da vigília e da paralisação é fazer com que o Governo do Estado pague o retroativo do reajuste do piso de 2013 (de janeiro a agosto) ainda este ano e negocie também o pagamento do passivo trabalhista de 2012. Além disso, a direção do SINTESE pretende tratar do papel da Comissão Técnica Paritária formada por representantes do SINTESE e do Poder Executivo.

 

Durante a única reunião da Comissão, que ocorreu no dia 18 de setembro, os representantes do SINTESE se recusaram a debater e analisar exclusivamente a folha de pagamento da Secretaria de Estado da Educação, já que este não era o único papel da Comissão. Conforme foi acordado entre a categoria e o governador em exercício Jackson Barreto, em audiência no mês de junho de 2013, a Comissão Paritária discutiria também a restruturação da carreira do magistério, a viabilidade do pagamento do passivo trabalhista referente ao reajuste do piso de 2012, fixado em 22,22%, e o retroativo do piso de 2013.

Outro assunto que será tratado pela direção do SINTESE na audiência com o governadorA paralização e a vigília vão acontecer no dia 7 de novembro, dia em que a direção do SINTESE terá audiência com Jackson Barreto em exercício é o processo de eleição para diretor escolar. Os professores aprovaram por unanimidade durante a assembleia a não participação na assembleia geral para escolha dos membros da comissão escolar e a não participação do processo de eleitoral para eleição do diretor escolar.

A categoria entende que este processo eleitoral, implantado pela Secretaria de Estado da Educação, nada tem de democrático, já que não respeita a legislação brasileira no tocante a implantação da Gestão Democrática nas escolas. Além disso, o processo continua a legitimar as indicações políticas, uma vez que o diretor eleito indica três nomes para secretário e três para coordenador e cabe ao Secretário de Estado da Educação escolher um nome para cada função.

Um governo democrático deve ouvir, discutir e respeitar os acordos realizados com as entidades sindicais. Nesse momento, nem a Comissão Técnica Paritária, fruto de um acordo entre o Governo e SINTESE, e nem a Gestão Democrática, que é um consenso entre o Governo e o SINTESE, estão sendo respeitadas. A categoria lamenta muito esta atitude do governo de Sergipe. Por isso, os professores decidiram paralisar suas atividades no dia 7 de novembro”, explica a presidente do SINTESE, Ângela Maria de Melo.

Outras deliberações

Os professores aprovaram também na assembleia a continuidade e o fortalecimento da luta pela revogação da Lei 213/2011, que promove a quebra da carreira do magistério sergipano, uma vez que preconiza a retirada do nível médio do quadro permanente e o transpõe para o quadro permanente em extinção. Tal ato deixa em instabilidade o magistério sergipano no momento em que vier a ser aplicado o reajuste do Piso Salarial Nacional.

Os professores deliberaram também a apresentação do balancete financeiro do SINTESE a imprensa com intuito de dar mais transparência a suas receitas e despesas. A categoria decidiu ainda manter o ‘Pisomêtro’ no site do SINTESE e em atos públicos mostrando há quantos dias os professores não recebem o reajuste do piso, já que até hoje o reajuste de 22,22%, referente ao ano de 2012, não foi pago. Será criado também o “Carreirmêtro” que irá contar o número de dias que a carreira dos professores está quebrada.