Professores do Alba Moreira buscam audiência com Belivaldo Chagas

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Os professores e alunos presentes na plenária realizada na manhã desta quinta-feira, 16, no SINTESE decidiram que o sindicato busque uma audiência com o secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, para que ele reveja a decisão de fechar a escola.

“O SINTESE vai cumprir a decisão da plenária e tentar marcar uma audiência com o secretário de Educação para que ele possa ouvir a comunidade escolar do Alba Moreira e possa rever a decisão de fechar a escola”, disse Roberto Silva dos Santos, diretor do departamento de Base Estadual do SINTESE.

Durante a plenária a direção do SINTESE informou que na audiência ocorrida no dia anterior, 15, o secretário de Educação, Belivaldo Chagas foi enfático ao informar que os colégios estaduais João Alves Filho, Gonçalo Rollemberg e o Instituto de Educação Rui Barbosa não fecharão as portas e também que o turno da noite das escolas Tobias Barreto e John Kennedy estão mantidos.

Apesar das ponderações do SINTESE, o secretário foi irredutível com relação ao fechamento da Escola Estadual Alba Moreira, a argumentação dele é que o número de matrículas é baixo e o prédio alugado onde está a escola (na antiga sede do IBAMA/SE) não tem condição de funcionamento.

A notícia foi recebida com pesar e indignação por parte dos alunos e professores da escola. Eles deram depoimentos de que se realmente a escola for fechada será um prejuízo para os professores, alunos e principalmente para os cerca de 30 estudantes portadores de necessidades especiais matriculados na instituição.

“Temos alunos com síndrome de Down, que antes estudavam em escolas particulares e que só aqui no Alba Moreira conseguiram desenvolver suas habilidades”, disse a professora Maria Ângela.

Mesmo com a opção de serem matriculados em outras escolas, alguns alunos têm relatado aos professores que não poderão estudar em outros lugares. “Tenho um aluno deficiente visual que mora no Mosqueiro e pega um ônibus para vir até o Alba, com a opção que deram a ele de ir ao Severino Uchôa ele terá que pegar três ônibus, se expondo ao risco”, contou a professora Maria José.