Em 2017 o governo Jackson Barreto levou do magistério da rede estadual a nota 0,8. Pelo segundo ano consecutivo o governo estadual tem a menor nota registrada pela Prova Final da Educação Pública que começou a ser aferida em 2007.
O não reajuste do piso por quatro anos consecutivos, o fechamento de turmas do ensino fundamental, a imposição de um modelo de ensino médio em tempo integral sem ouvir as comunidades escolares, a falta de diálogo do gestor da Educação com os professores, as precárias condições de trabalho dos professores e professoras, o atraso no pagamento das aposentadorias e pensões levaram o magistério da rede estadual a avaliar em 0,8 o governo Jackson Barreto.
“A destruição da carreira, parcelamento do pagamento dos aposentados e demais servidores, péssimas condições de trabalho, ausência de diálogo e discussão de projeto pedagógico fazem parte do conjunto de coisas que o governo Jackson tem feito na gestão da Educação que resulta nessa nota”, avalia a presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.
Confira todas as notas dos prefeitos e prefeitas de Sergipe
A maior parte das redes municipais teve nota menor que 5
Em 2017 nenhum município teve nota abaixo de 1,0 (ao contrário de 2016 quando quatro cidades ficaram abaixo dessa nota), no entanto 46 deles não chegaram a nota 5,0. Dos 74 municípios avaliados (Aracaju fica de fora da avaliação, pois os professores são filiados ao Sindipema), só 28 deles ultrapassaram esse patamar.
As cinco maiores notas ficaram nos município de Riachuelo (8,6), São Miguel do Aleixo (7,6), Siriri (7,5), Telha (6,9) e Macambira (6,7). Pelo segundo ano consecutivo Riachuelo fica com a maior nota.
As cinco menores notas foram atribuídas aos municípios de Japoatã (1,3), Poço Redondo (1,4), Ilha das Flores (1,5), Canindé do São Francisco (1,6) e Graccho Cardoso (1,7).
Mais um ano difícil
Na rede estadual o magistério vive um cenário de destruição completa da carreira do magistério da rede estadual, onde os professores e professoras ficaram no mínimo 65% mais pobres, some-se a isso a falta de condições de trabalho, a imposição do modelo de ensino em tempo integral que trará severos prejuízos a educação estadual e a um gestor da Educação que não dialoga com a categoria.
Para os municípios a situação é semelhante. O ano que passou foi de muita luta para grande parte dos educadores e educadoras das redes municipais. Em 30 municípios não foi assegurado o reajuste do piso conforma a lei federal, em alguns deles foi clara a desorganização financeira das gestões e o inchaço nas folhas de pagamento com o número excessivo de contratos e cargos comissionados, mas em outros tantos a falta de vontade política dos gestores municipais corroboraram para o não cumprimento da lei federal que assegura o reajuste anual do piso do magistério.
“A política de educação estadual acaba se refletindo nos municípios, onde a maior parte deles sequer chegou a nota mínima de aprovação. Isso mostra que no estado de Sergipe no que tange ao não há compromisso com a educação pública. Esse é o resultado que está posto. A educação pública de Sergipe no que tange a gestão foi reprovada”, afirma a presidenta.
Cultura como instrumento de luta
A Prova Final da Gestão da Educação Pública também é a oportunidade de mostrar que a cultura é uma forma de resistência. O ato da Prova Final de 2017 contou com a apresentação da Batucada Sons da Luta do SINTESE, do projeto SINTESE Cultural e do Coral.
Abaixo assinado pela capitalização do Sergipeprevidência
O ato da Prova Final da Educação Pública também foi palco do lançamento da campanha pela capitalização do Sergipeprevidência . A principal ação da campanha é um abaixo assinado em que o sindicato coloca todas as suas propostas para capitalizar o fundo.
A preocupação do sindicato com a previdência estadual tem sido constante e o atraso e parcelamento dos proventos e pensões em 2015 levou o sindicato a aprofundar os estudos para entender o porquê do déficit previdenciário e apontar caminhos para sua solução a longo e médio prazo.
“O nosso objetivo é coletar assinaturas em atos públicos que percorrerão todo o Estado. A capitalização do Sergipeprevidência é necessária não só para os servidores públicos, mas para toda a população sergipana, pois se aposentados e pensionistas não recebem, o dinheiro não circula e a economia é prejudicada”, aponta professora Ana Geni Andrade, diretora de Departamento de Aposentados do SNTESE.
É importante que todos participem da campanha, você também pode coletar assinaturas é baixar o arquivo (clique AQUI), coletar as assinaturas e entregar na sede do sindicato ou nas subsedes nos municípios de: Itabaiana, Estância, Lagarto, Nossa Senhora da Glória, Japaratuba, Neópolis e Propriá.