Queima do Judas: Trabalhadores e trabalhadoras fazem ato e ‘queimam’ seus traidores

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Ao todo 12 Judas da Classe Trabalhadora foram queimados

Em conjunto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e com demais entidades sindicais, o SINTESEAo todo 12 Judas da Classe Trabalhadora foram queimados participou nesta terça-feira, 18, da ‘Queima dos Judas da Classe Trabalhadora’, ato que teve como objetivo ‘queimar’ políticos que se colocam contra os trabalhadores e trabalhadoras de Sergipe e do Brasil. A atividade ocorreu na Praça General Valadão, em Aracaju.

Ao todo 12 bonecos foram queimados representando simbolicamente aqueles que têm apoiado o conjunto de medidas promovidas pelo governo golpistas de Michele Temer, que visam retirar direitos conquistados com muita luta pela classe trabalhadora. Também foram para ‘fogueira’ aqueles que têm trabalhado para promover a desvalorização dos servidores do estado de Sergipe e a desestruturação da educação pública deste estado.

Os 12 Judas da Classe Trabalhadora queimados em praça pública foram: O presidente golpista Michel Temer; os senadores Eduardo Amorim (PSDB), Maria do Carmo (DEM) e Valadares (PSB); os deputados federais Laércio Oliveira (Solidariedade), André Moura (PSC), Jony Marcos (PRB), Adelson Barreto (PR), Fábio Reis (PMDB), Valadares Filho (PSB) – parlamentares que votaram a favor do golpe parlamentar contra a democracia brasileira e contra a presidenta Dilma Roussef (PT). Pelo desmonte da educação no estado de Sergipe também foram queimados bonecos do governador Jackson Barreto (PMDB) e do Secretário de Estado da Educação Jorge Carvalho.

Para a presidenta do SINTESE professora Ivonete Cruz, os personagens que simbolicamente foram queimados nesta terça-feira, na Praça General Valadão, não são apenas traidores, eles são inimigos dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Simbolicamente queimamos hoje as maldades do governo Jackson Barreto contra os servidores público e contra o magistério sergipano. Queimamos também simbolicamente as maldades do atual gestor da Educação, o Secretário Jorge Carvalho, que com seu tom prepotente tem destruído a educação pública de Sergipe. Foram também queimados simbolicamente deputados federais e senadores de Sergipe que aprovaram o golpe e que têm votado em medidas que podem destruir os direitos dos trabalhadores. E por fim queimamos o grande golpista, o presidente ilegítimo Michel Temer. Hoje é mais um dia de luta e de resistência da classe trabalhadora contra a reforma trabalhista, contra a reforma da previdência, contra a desvalorização dos servidores público do estado de Sergipe e contra o desmonte da educação pública de nosso estado. Hoje estamos fazendo um esquenta para a grande grave do dia 28 de abril, na qual o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras irão parar Sergipe e todo o Brasil por nenhum direito a menos”, aponta a presidenta do SINTESE.

Durante suas falas no ato, dirigentes sindicais de diversas entidades alertaram para o tenebroso cenário que será erguido contra a classe trabalhadora caso a reforma da previdência e a reforma trabalhista sejam aprovadas. Os dirigentes alertaram também sobre a manobra política capitaneada pela Câmara dos Deputados, que decidiu acelerar a votação da Reforma Trabalhista (PL 6787/16) e pretende aprová-la nesta quarta-feira, dia 19.

O vice-presidente do SINTESE e diretor de formação da CUT, professor Roberto Silva, colocou que caso a Reforma Trabalhista seja aprovada os direitos conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras terá um retrocesso de 100 anos.

“O trabalhador vai receber menos que o salário mínimo se esta Reforma Trabalhista for aprovada. A classe patronal já está comemorando, numa alegria só. Esta é uma reforma que tem o objetivo claro de acabar com a CLT e destruir os direitos conquistados nos últimos 100 anos. Se amanhã for aprovado o que está tramitando no Congresso Nacional, os trabalhadores sofrerão o maior golpe da nossa história. Os patrões querem destruir a jornada de trabalho de 8h diárias, querem ampliar para 12 horas, com meia hora de descanso para o almoço. O que estávamos vivendo é o retrocesso a partir da retirada de direitos dos trabalhadores”, expõe o professor Roberto Silva.

Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública

Além de um esquenta para a Greve Geral do dia 28 de abril, a ‘Queima dos Judas da Classe Trabalhadora’ também fez parte da programação regional da 18ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE entidade a qual o SINTESE é filiado.

A programação segue nesta quarta-feira, 19, com entrevista coletiva sobre cenário da educação pública nas redes estadual e municipal de Sergipe e divulgação dos resultados da enquete sobre reforma da previdência e privatização da DESO.

Na quinta-feira, dia 20, a partir das 9h, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, o SINTESE realiza assembleia unificada das redes estadual e municipais. Na pauta, o XIV Congresso do SINTESE e a adesão de Sergipe à Greve Geral da Classe Trabalhadora no dia 28/04.