O Colégio Estadual Milton Dortas localizado no município de Simão Dias tem se destacado nos últimos anos como referência em escola pública não só em Sergipe, mas em todo o Brasil.
Os estudantes têm apresentado bons resultados nas avaliações externas (ENEM) e a gestão da escola também tem sido reconhecida. Os bons indicadores são devido a um grande trabalho da comunidade escolar. Um esforço dos professores e professoras e da gestão que colocam em prática um projeto político pedagógico que atendem aos anseios dos estudantes, corpo docente, funcionários, pais, mães, responsáveis.
Mas, mesmo com esse retrospecto positivo a Secretaria de Estado da Educação – SEED quer transformar o Milton Dortas em um Centro Experimental de Ensino Médio – CEEM.
Na prática isso vai destruir a escola como ela é hoje. Sabem por quê?
1 – Se a SEED insistir em transformar a escola em CEEM, os professores e professoras que ministram aulas lá terão que sair, pois muitos deles têm dois vínculos (direito garantido pela Constituição) e não poderão continuar na escola;
2 – Transformar o Milton Dortas em CEEM vai fazer com que quase 1000 estudantes fiquem sem ter onde estudar, pois para funcionar com o ensino médio em tempo integral só podem ficar 560 alunos e nenhuma escola no município terá condições de receber os alunos que não puderem estudar no ensino integral.
3 – O atual projeto pedagógico que foi construído por toda a comunidade escolar e que tem dado resultados vai ser destruído, pois o Centro Experimental de Ensino Médio tem um projeto imposto pela SEED que, por sua vez, reproduz o projeto do governo ilegítimo de Temer.
Segundo a SEED o objetivo da implantação dos centros experimentais em ensino médio é transformar a educação da rede estadual para que ela melhore os resultados, por que então mudar todo o funcionamento de uma escola onde o trabalho feito já é reconhecido como de qualidade?
O SINTESE continua na defesa de uma escola autônoma, de qualidade social para todos e todas e reafirma que o problema não é ser o ensino médio em tempo integral, mas o modelo adotado pela SEED que desconsidera toda a realidade da escola e da comunidade na qual ela está inserida.