Atualizada em 27 de janeiro às 15h31
A experiência própria e a reclamação quase que diária dos problemas na prestação de serviços do Instituto de Promoção e Assistência a Saúde – Ipesaúde levaram a direção do SINTESE a solicitar nova audiência com Christian Oliveira, presidente do instituto.
Em novembro do ano passado, após ato público dos aposentados e intermediação da deputada estadual Ana Lúcia, o sindicato havia tido audiência com o gestor do órgão colocando os problemas relatados pelos professores (interrupção de marcação de consultas e exames devido à falta de pagamento) entre outros. O final do ano chegou e os problemas se agravaram.
Outro pleito do sindicato é a participação dos servidores públicos no conselho deliberativo do órgão. “Somos responsáveis por metade das receitas do Ipesaúde, mas estamos alijados do conselho”, aponta Joel Almeida, diretor de Comunicação do SINTESE.
A não participação no conselho deixa os servidores públicos sem informações importantes. Algumas delas dizem respeito à receita e despesa e também às dívidas.
SEED deve mais de R$15 milhões
Sobre as dívidas em análises feitas de documentos da Secretaria de Estado da Educação constatou-se que a secretaria tem uma dívida que até novembro de 2015 ultrapassava a casa dos R$15 milhões.
O presidente do Ipesaúde colocou que os problemas por quais passam o instituto advém de uma remodelação na gestão do sistema e, principalmente, pela falta de recursos. Ele justificou que a ampliação dos serviços oferecidos aos servidores fez com que a despesa superasse receita e o não recebimento de valores referentes à dívidas, deixou o instituto sem poder quitar pagamentos com os médicos e clínicas.
A SEED não pagou em 2015 a metade da dívida como se comprometeu e o instituto não recebeu do Estado o repasse referente ao salário de dezembro e ao décimo terceiro dos servidores. Outro órgão que tem uma alta dívida com o instituto é a Fundação Hospitalar de Saúde.
SINTESE é contra cobrança por dependente
Em entrevistas nos meios de comunicação, Christian Oliveira, tem afirmado que o governo do estado está discutindo a cobrança para os dependentes dos segurados pelo Ipesaúde, através de projeto de lei a ser enviado para a Assembleia Legislativa de Sergipe.
O SINTESE é totalmente contrário a tal cobrança. Para o sindicato os problemas de receita do Ipesaúde podem ser resolvidos de outra forma, como por exemplo, a valorização salarial dos servidores.
“A receita do Ipesaúde não cresce porque há quase quatro anos os servidores públicos da administração geral não tem reajuste e os professores estão sem os reajustes do piso dos anos de 2012 e 2015. Valorizando os salários dos servidores, o Estado fazendo o repasse do descontado dos servidores e pagando sua parte e os devedores quitarem suas dívidas, não será necessário que o servidor pague a mais por isso”, apontou Roberto Silva dos Santos, diretor do departamento de Assuntos da Base Estadual do SINTESE.