Para debater a questão SINTESE realiza encontro com professores e professoras das 18 unidades de ensino no dia 10
Com a divulgação de que 18 escolas estaduais sergipanas irão aderir ao programa Ensino Médio Integral, milhares de estudantes ficarão sem ter onde estudar e centenas de professores e professoras ficarão sem ter onde trabalhar se SEED acabar o Ensino Fundamental nestas escolas, ambas as situações preocupam o sindicato.
Para debater essas questões, o SINTESE realiza plenária com os professores e professoras das 18 escolas selecionadas na próxima terça, dia 10, a partir das 8h no auditório da Escola Municipal Getúlio Vargas, no bairro Siqueira Campos em Aracaju.
Acabar com Ensino Fundamental reduzirá recursos para Educação na rede estadual
O que, a princípio, parece algo muito bom, esconde algo que pode trazer prejuízos a educação da rede pública. As 18 escolas só funcionarão com o Ensino Médio Integral e deixarão de atender ao Ensino Fundamental. Com isso milhares de estudantes podem ficar sem ter onde estudar, pois as escolas das redes municipais não conseguirão atender a demanda.
Exemplo disso são as escolas dos municípios de Rosário do Catete e Siriri. Em cada cidade só há uma escola da rede estadual. Com isso o governo do Estado nega o direito à educação destes estudantes.
O SINTESE tem feito nos últimos anos e, principalmente, na gestão de Jorge Carvalho o debate sobre fechamento de turnos, turmas e municipalização de escolas.
“Deixar de efetuar matrículas no Ensino Fundamental é um crime, pois o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Educação estará negando receita. Ao ter menos recursos para investir na estrutura física das escolas, as questões pedagógicas e os salários de professores e servidores da Educação estão ameaçados”, aponta Leila Moraes, do Departamento de Assuntos da Base Estadual do SINTESE.
A preocupação do sindicato se dá pelo fato de que todos os recursos que financiam a Educação estão vinculados a matrícula. Quanto mais estudantes matriculados, mais recursos, consequentemente se o número de matrículas cai, os recursos também diminuem.
Não houve debate com as comunidades escolares
Outra preocupação apontada pelos professores é que não houve nenhuma discussão ampla com as comunidades escolares destas unidades de ensino.
É preciso fazer um diagnóstico da realidade de cada município e no caso de Aracaju de cada bairro, pois ao implantar o Ensino Médio Integral sem que haja um amplo debate entre os envolvidos (pais, mães, professores, funcionários) o que pode parecer bom, se torna um problema, principalmente para aqueles estudantes que precisam trabalhar em um turno.
O sindicato afirma que não é contrário ao Ensino Médio Integral, mas compreende que ele não deve ser implementado de forma açodada, sem compreender as realidades das comunidades escolares.
Unidades de ensino selecionadas para ter somente Ensino Médio Inegral
Aracaju
C.E. Ministro Marco Maciel
C.E. Governador Valadares
C.E. Nelson Mandela
C.E. Gov. João Alves Filho
C.E. Paulo Freire
Nossa Senhora da Glória
C.E. Manoel Messias Feitosa
Estância
C.E Senador Walter Franco
Porto da Folha
C.E. Gov. Lourival Baptista
Capela
C.E. Edelzio Vieira de Melo
Nossa Senhora das Dores
C.E. Prof. Fernando Azevedo
Simão Dias
C.E. Dr. Milton Dortas
Nossa Senhora do Socorro
C.E. Prof. Nilson Socorro
Lagarto
C.E. Prof. Abelardo Romero Dantas
Neópolis
C.E. Mal. Pereira Lobo
São Cristóvão
C.E. Gaspar Lourenço
Rosário do Cartete
C.E. Leandro Maciel
Siriri
C.E Cel. José J. Barbosa