SEED quer impor ensino médio em tempo integral em escola de Itaporanga

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No começo de outubro estudantes e professores fizeram protesto contra a imposição do centro experimental de ensino médio

No começo de outubro estudantes e professores fizeram protesto contra a imposição do centro experimental de ensino médio

A SEED desrespeita decisão do conselho escolar e quer impor centro experimental de ensino médio no C.E Felisbelo Freire

Professoras e professores do Colégio Estadual Felisbelo Freire procuraram a direção do SINTESE para denunciar que a Secretaria de Estado da Educação – SEED não respeitou a decisão da comunidade escolar, que rejeitou o modelo de centro experimental de ensino médio, e incluiu a escola na lista das unidades de ensino que vão funcionar com a nova modalidade em 2018.

“A SEED mais uma vez quer impor a sua política e não quer levar em consideração o decidido pela comunidade escolar”, aponta Leila Moraes, diretora do Departamento de Base Estadual do SINTESE.

A secretaria não levou em consideração as decisões do conselho, a manifestação dos estudantes (que realizaram diversos protestos nas ruas do município), o abaixo assinado (com assinatura de mais de mil pessoas da comunidade) e o referendo realizado na escola (que contou com mais de 600 votos) todos rejeitando a implantação do modelo de Centro Experimental de Ensino Médio por entenderam que não seria benéfico para a unidade de ensino.

“Já temos ata do Conselho Escolar rejeitando, já tem referendo rejeitando, já aconteceram várias manifestações contra o modelo. O que a SEED está esperando para interromper o processo de implantação do Centro Experimental de Ensino Médio no Felisbelo?”, questiona Fabiana Paiva, professora de História da escola.

A unidade de ensino conta hoje com 1300 estudantes (Ensino Fundamental e Médio) e com a adoção do Centro Experimental o quantitativo de vagas seria reduzido para 560. Não há no município outra escola da rede estadual com a mesma estrutura do Felisbelo para os estudantes que não puderem estudar em tempo integral e nenhuma escola da rede municipal pode receber os estudantes do ensino fundamental que forem remanejados.

Os professores e professoras já protocolaram a ata na Secretaria de Estado da Educação e ofício no Ministério Público solicitando a intermediação do órgão. O SINTESE irá reforçar o pedido.

“Faz necessário que a SEED de uma vez por todas compreenda que a imposição de um modelo de ensino médio integral excludente vai gerar o caos na educação da rede estadual. É preciso que as decisões das comunidades escolares sejam respeitadas, por isso, mais vez, vamos buscar a intermediação do Ministério Público.”, aponta Leila.