O SINTESE, pela terceira vez nos últimos 60 dias, envia ofício ao secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, Josué Passos para tratar de vários assuntos, entre eles da atualização dos valores da gratificação de interiorização e dos problemas do diário eletrônico.
A interiorização está sem atualização desde 2012 quando o governo do Estado, a revelia do sindicato, desvinculou a gratificação aos salários do magistério e estipulou que estaria vinculada ao reajuste concedido aos servidores da administração geral.
Por sua vez, os servidores passaram 10 anos sem ter seus salários reajustados, este ano foi aplicado um reajuste que variou entre 5% e 33,24%, mas para surpresa do magistério, nenhum desses percentuais foi aplicado na gratificação por interiorização.
A gratificação por interiorização foi criada em 2008 fruto de muita luta do magistério, mobilizado pelo SINTESE desde 1994. A “interiorização” garante aos professores e professoras pagar custos de transporte e, em alguns casos, até de moradia para aqueles que trabalham em cidades distintas das quais residem e o processo de locomoção é complexo seja por conta da distância ou da distribuição da carga horária.
“Atualmente a vida dos professores e professoras que ministram aula em municípios diferentes dos quais residem é muito difícil. O valor defasado da gratificação por interiorização sequer cobre as despesas de transporte, para quem precisa residir no município a situação é ainda pior, praticamente o professor e professora estão pagando para trabalhar”, afirma Roberto Silva dos Santos, presidente do SINTESE.
Desde a adoção do diário eletrônico, em 2020, o SINTESE tem buscado diálogos com a Seduc para resolver os diversos problemas, os primeiros com relação a equipamentos e ao sistema, apesar de algumas mudanças realizadas, os problemas para preenchimento ainda continuam.
O sindicato também quer tratar na audiência sobre: as condições necessárias para garantir educação especial nas escolas; situação dos professores readaptados de função em função da Portaria nº0451/; acompanhamento dos estudantes pós-pandemia e política de reforma das escolas estaduais.
O presidente reforça que todas essas questões precisam ser discutidas com o sindicato e a Seduc não pode se eximir de dialogar com o representante legítimo da categoria.