O sindicato solicitou ao Ministério Público a realização de audiência pública para discutir a questão e buscar alternativas para melhorar o atendimento
Filas enormes para marcação de consultas e exames, falta de médicos para o atendimento, inexistência de diversas especialidades médicas, dificuldades para realização de exames, suspensão, por parte de clínicas, de atendimento aos usuários. Essa é a realidade do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe – Ipesaúde na unidade localizada em Itabaiana.
A reclamação tem sido constante dos professores e professoras e também dos demais servidores públicos estaduais não só de Itabaiana, mas de todos os municípios da região Agreste.
O que mais deixa indignados o magistério e os demais servidores estaduais que se utilizam do Ipesaúde é que o governo do Estado aprovou em abril (e começou a ser cobrado em junho) lei que determina a cobrança do plano para os dependentes. O justificativa para a cobrança foi que com ela, os serviços melhorariam.
“A situação da unidade do Ipesaúde aqui em Itabaiana é caótica. Faltam diversas especialidades médicas, além de profissionais para exercê-las. Quando vamos procurar fora da unidade, temos a informação das clínicas da suspensão do atendimento por falta de pagamento. A insatisfação é grande”, aponta Rita de Cássia dos Santos, coordenadora da subsede Agreste do SINTESE.
Dívida
No começo deste ano o SINTESE denunciou que só a Secretaria de Estado da Educação devia ao Ipesaúde R$15 milhões. Até então a informação que se tinha era que a SEED tinha feito um acordo no Ministério Público para pagar a dívida.
Na última quarta, dia 10, os dirigentes do SINTESE foram surpreendidos com a notícia veiculada pelo radialista Gilmar Carvalho de que a SEED deve ao Ipesaúde R$20 milhões de reais.
“A falta de compromisso da SEED com a autarquia é injustificável e contribui para o enfraquecimento do Instituto que tem um papel social relevante para o funcionalismo público sergipano”, aponta Roberto Silva dos Santos, vice-presidente do SINTESE.
O sindicato enviou ofício ao Ministério Público solicitando a convocação de uma audiência pública, em caráter de urgência, para discutir o assunto e buscar alternativas para a melhoria do funcionamento da unidade do Ipesaúde em Itabaiana.
