O SINTESE, juntamente com um grupo de professoras e professores, somou-se a outros sindicatos, movimentos sociais e populares na 30ª edição do Grito do Excluídos, neste último sábado, dia 7 de setembro.
O SINTESE sempre participou do Grito do Excluídos, ao logo desses trinta anos, mas este ano a participação de professoras e professores na atividade faz parte também da nossa agenda de luta, de uma série de mobilizações, em todo o estado, programadas pelo SINTESE para compor o “setembro de luto e de luta do magistério”.
Como todos os anos, no dia 7 de setembro, dia do desfile cívico, tomamos a avenida Barão de Maruim, em Aracaju, levando nossas bandeiras e pautas de luta. Professoras e professores fizeram o diálogo direto com a população sobre o descaso e desrespeito do Governo Fábio Mitidieri aos direitos de estudantes, professoras e professores, em um processo de profunda desvalorização da nossa categoria.
Embora uma tentativa de desmobilizar a participação dos lutadores sociais do Grito do Excluídos, com um enorme atraso na programação do desfile cívico, fizemos valer a nossa presença e desfilamos como em todos os anos. A Polícia Militar ainda chegou a tentar impedir a entrada do Grito dos Excluídos na entrada na Avenida, mas após diálogo, seguimos com o desfile, entoando as palavras de ordem: “aqui está o povo sem medo, sem medo de lutar”
Ao som do Descidão dos Quilombolas, e seus tambores, ocupamos a Barão de Maruim, sendo aplaudidos e apoiados pela maioria dos presentes, que acompanhavam o desfile.
A postura autoritária, de tentar desmobilizar e coibir esta atividade de luta que acontece há 3 décadas, vem do que é a gestão de Fábio Mitidieri. Quando os integrantes do Grito dos Excluído chegaram ao palanque das autoridades, nem o Governador Fábio Mitidieri, nem o secretário de estado da educação, Zezinho Sobral, que também é vice-governador, estavam no palanque, ou seja, eles se recusaram a estar presentes para ouvir as pautas de luta dos movimentos, sociais, populares e sindical. Em 30 anos de Grito do Excluídos isso nunca havia acontecido em Sergipe.
“Não é fácil desmobilizar ou intimidar quem faz a luta do povo, pelo povo e para o povo e por isso entramos na Barão de Maruim. Houve um grande atraso na programação, mas havia um horário previsto para a entrada do Grito dos Excluídos no desfile e nós ocupamos o nosso espaço, assim como tem sido feito há 30 anos. Gritamos por justiça social, por educação de qualidade, por saúde, por moradia, por reforma agrária. Mas ao que tudo indica isso pouco importa para Fábio Mitidieri e para Zezinho Sobral, que não estavam no palanque quando passamos. O SINTESE mais uma vez se fez presente, com professoras e professores, levando a nossa pauta de luta de 2024, dialogando com a populações e exigindo do Governo Fábio Mitidieri a reabertura da negociação com o Sindicato”, coloca o presidente do SINTESE professor Roberto Silva
Ao longo de setembro, professoras e professores estarão em feiras livres de todo o estado para mostrar a população os motivos pelos quais o magistério da rede estadual segue em luta. A agenda de luta estará disponível ainda esta semana e será divulgada no site do SINTESE e em nossas redes sociais.
Mobilizações em outros municípios
Além de Aracaju, o SINTESE também se fez presente nos desfiles cívicos dos municípios de Graccho Cardoso, Estância, Propriá e Nossa Senhora da Glória.
No dia 15 de setembro os desfiles acontecem em Capela e Itaporanga e também contará com professoras e professores fazendo diálogo e panfletagem junto a população.