Membros da direção executiva do SINTESE (Joel Almeida, Bernadete Pinheiro e Adenilde Dantas) participaram na manhã desta sexta-feira de uma reunião no quartel da Polícia Militar com participação também de gestores das escolas, Diretoria de Educação de Aracaju e Departamento de Segurança Escolar (esses dois últimos vinculados à Secretaria de Estado da Educação – SEED). Na pauta: segurança nas escolas.
O Comando de Policiamento Militar da Capital – CPMC decidiu organizar a reunião após solicitações da Secretaria de Educação e do SINTESE para debater alternativas de prevenção e combate a violência.
Segundo o Chefe de Operações do CPMC, Major Melo seria mais produtivo ouvir tanto a SEED quanto o SINTESE no sentido de buscar alternativas, mas deixando bem claro que o Comando da Polícia Militar não poderia assegurar um aumento no efetivo policial.
Os gestores das escolas estaduais José Rollemberg Leite (localizado no Agamenon Magalhães), Albano Franco (Santa Maria), Francisco Rosa (Bugio) e Souza Porto (bairro América) colocaram as situações vividas nas escolas. Em comum, casos de violência que decorrem do uso de drogas e até do tráfico de armas.
Para o SINTESE a grande ajuda que a Polícia Militar poderia dar aos professores e gestores das escolas seria no sentido da prevenção. “Temos um cenário onde a violência gerada no entorno da escola está adentrando para as unidades de ensino. Enquanto a situação de violência, tráfico de armas e drogas não foi resolvida fora dos muros das escolas, elas estarão expostas a violência e não serão os professores e gestores que darão conta sozinhos de acabar com isso”, apontou o diretor de Comunicação do SINTESE, Joel Almeida.
O SINTESE propôs que a Polícia Militar auxilie os educadores e gestores no reconhecimento e diferenciação entre usuários e traficantes de drogas para que em cada situação saiba-se como agir. Joel aponta no sentido de no caso do usuário se conhecer qual a rede de acolhimento para que se possa alterar a situação desse estudante. “Não podemos simplesmente considerar que o estudante usuário de drogas seja caso de polícia, é preciso que professores e gestores das escolas conheçam quais os procedimentos a serem adotados para que possamos mudar a realidade desse estudante”, refletiu.
Durante a reunião, os representantes do sindicato também colocaram que uma comissão (formada pelo SINTESE, SEED entre outras secretarias ligadas a inclusão social e outros movimentos sociais) estãose reunindo para formular alternativas no sentido de políticas públicas para prevenir e combater a violência e que seria importante a Polícia Militar também participar destas reuniões.
Como encaminhamento o comando da Polícia Militar sugeriu que a SEED apresente um relatório das escolas com situação mais crítica; que os gestores escolares busquem estreitar as relações com os comandos dos batalhões das respectivas regiões e, acatando a sugestão do SINTESE, iniciar a confecção de uma cartilha informativa (com participação de vários segmentos da sociedade) com o objetivo de municiar os professores e gestores nos procedimentos a serem adotados em situações de uso e tráfico de drogas e armas.