SINTESE realiza curso de formação para representantes da rede estadual

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Durante dois dias (18 e 19), quase uma centena de professores de várias regiões de Sergipe participaram, em Aracaju, do curso de formação para representantes de escolas da rede estadual (Brigada Ofenísia Freire).

O curso faz parte da política de formação empreendida pelo sindicato para subsidiar lideranças e representantes na luta por uma educação democrática e popular.

“A formação desses representantes é fundamental para a luta por valorização profissional e também para o debate sobre o campo pedagógico”, aponta Roberto Silva dos Santos, diretor do departamento de Base Estadual do SINTESE.

Para o diretor do departamento de Formação do sindicato, Paulo Lira Fernandes, os professores são defrontados com novos desafios a cada dia e precisam estar preparados para reinventar não só a sua prática pedagógica, mas sua luta pela manutenção e ampliação dos direitos. E por uma educação pública de qualidade para todos.

Essa foi somente a primeira turma, pois vão passar pelo curso aproximadamente 400 professores. As próximas etapas podem ser realizadas de forma descentralizada para garantir a maior participação.

A primeira etapa do curso trata de “Sindicato e Organização de Base: história, dilemas e desafios” e foi ministrado pelo assessor político do SINTESE, Hildebrando Maia que utiliza o método paulofreireano dos círculos de cultura, onde a aprendizagem é feita pela troca.

A assistente social, Maria José Batista fala sobre plebiscito para reforma política

Antes de entrar propriamente no tema do curso os professores tiveram a oportunidade de participar de um debate sobre o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político com a assistente social Maria José Bastita que é membro do Comitê Estadual que organizada o plebiscito em nosso estado. Cartilhas sobre o plebiscito foram distribuídas para que os professores organizem plenárias e debates e mobilizem para que a participação no plebiscito que ocorre na primeira semana de setembro seja significativo.

Ela mostrou dados corroborando a tese de que, apesar de ser uma democracia representativa os que ocupam hoje cadeiras no parlamento não representam a classe trabalhadora do nosso país.

“Os educadores são importantíssimos na fomentação do debate sobre a reforma política, pois precisamos urgentemente mudar a forma de se fazer eleição nesse país para que a classe trabalhada não fique de fora das políticas públicas”, aponta Maria José.

Com textos de Emilio Gennari os educadores puderam conhecer sobre os primórdios da luta sindical e como foi a sua introdução  no Brasil. Durante a leitura e apresentação do texto os professores fizeram um paralelo com a história de luta do SINTESE em Sergipe.  

A inquietação com os problemas fizeram com que eles se tornassem representantes

A inquietude com os problemas por quais passam os membros do magistério da rede estadual e da Educação como um todo foi o motivo comum que levaram os professores Tatiana Ferreira que leciona em Lagarto e Paulo Almiro, professor em Arauá a serem representantes. “A luta sindical é uma das formas que se tem de avançar para uma sociedade justa”, aponta Paulo.

Para Pablo Amorim, que leciona no município de Monte Alegre o curso foi importante para aprofundar sobre as questões do mundo do trabalho, passando por direitos e deveres. “O curso deu ainda mais sentido para mim para as questões das lutas de classe que não são amplamente discutidas fora do mundo sindical”, apontou.

Professor Pablo Amorim toma posse como representante

No curso os representantes tomaram posse e receberam certificado e uma camisa identificando-os como membros da Brigada Ofenísia Freire. O mandato de cada um é de três anos.