Na próxima sexta-feira (12) completam 30 dias que o professor Carlos Christian foi baleado por um estudante na escola onde ministrava suas aulas de Biologia. No último dia 05, ele completou 33 anos e a família realizou uma missa em celebração ao seu aniversário na Paróquia São Domingos Sávio. O educador ainda está hospitalizado e de acordo com informações prestadas por familiares o quadro clínico ainda é grave.
Esse fato chamou a atenção não só dos professores, mas também de toda a sociedade, pois chegou a ser manchete até de sites como o da BBC de Londres que estava produzindo uma série de matérias sobre a questão.
Desde o dia que ocorreu o fato do SINTESE tem buscado fomentar a discussão sobre a violência nas escolas não se atendo somente ao ocorrido com o professor, mas ampliando o leque de debate sobre a questão, pois o que temos hoje é que a violência ocorrida no entorno das escolas agora está dentro das unidades de ensino.
No dia seguinte ao fato o SINTESE publicou uma nota pública onde afirma que os fatos de violência nas escolas “denotam o fracasso e a destruição da política educacional do Governo de Sergipe, que deriva de várias décadas, além de uma política de segurança que não consegue dar respostas ao aumento da violência na sociedade”.
Para mostrar a preocupação dos educadores e abrir o debate sobre alternativas para conter e prevenir a violência o sindicato realizou no dia 14 de agosto um ato público em frente ao Palácio de Despachos, onde uma comissão de educadores, acompanhados da deputada estadual Ana Lúcia (que intermediou a audiência) foram recebidos pelo secretário de Estado da Casa Civil, José Sobral.
Na audiência foi solicitado que se criasse uma comissão com a participação da Universidade Federal de Sergipe, do governo do Estado, através das secretarias de Educação e demais secretarias e órgãos que tratam das questões sociais para que conjuntamente seja construída uma proposta de educação para Sergipe que possa dar conta de superar o vazio pedagógico que acontece em nossas escolas.
No mesmo dia, o SINTESE acompanhado de professores, estudantes foram recebidos pela equipe gestora da Secretaria de Estado da Educação – SEED, Para o sindicato é preciso ouvir muito e refletir muito e para isso se faz necessário a criação de espaços de discussão da prática pedagógica, ir as escolas e envolver toda a comunidade escolar.
Uma comissão foi formada (com participação do SINTESE, SEED, SSP entre outras secretarias que tratam direta ou indiretamente da inclusão social, cultura e esporte) além de entidades que trabalham na contenção da violência tem se encontrado há 3 semanas busca-se encontrar alternativas. A expectativa é que na reunião que acontece amanhã (10/09) a Secretaria de Estado da Educação apresente de forma concreta as suas propostas.
O sindicato também solicitou uma audiência com o governador Jackson Barretocom o governador Jackson Barreto para discutir a questão, mas até o momento não obteve resposta.