Educadores Carira, Graccho Cardoso, Porto da Folha, Malhada dos Bois, Muribeca, Japoatã e Santana do são Francisco ainda vivem o pesadelo de terem o pagamento dos seus salários atrasados, cortes nas gratificações ou terem recebido somente metade dos seus vencimentos.
O atraso nos salários causa aos educadores que têm somente o vínculo com a rede municipal e são responsáveis pela maior parte da renda familiar um grande transtorno. Alguns estão ao passo da fome. O SINTESE chegou a distribuir cestas básicas em alguns municípios e está estudando uma nova distribuição de cestas não está descartada.
“Ao não pagar os salários em dia estes administradores municipais está privando às famílias dos professores do seu sustento. Os professores fizeram a sua parte, trabalharam e têm direito ao salário”, ressalta a presidenta do SINTESE, Angela Maria de Melo.
Atualmente a situação mais grave é no município de Carira. Os educadores aposentados receberam salário pela última vez no mês de junho, já os da ativa receberam em julho. Além disso, eles não receberam o 13º salário referente aos anos de 2008 e 2010 e a prefeitura não paga o 1/6 ferial (que é direito assegurado no Estatuto do Magistério ) desde 2005.
Os educadores de Santana do São Francisco também vivem momentos difíceis, foi preciso ajuizar uma ação judicial para que os professores pudessem receber o mês de julho.
Em Japoatã os educadores não receberam os salários de setembro.
O sindicato solicitou a intervenção do Ministério Público que ajuizou ação civil público e as contas do município já foram bloqueadas, mas até agora a situação dos professores não foi regularizada.
Atraso em gratificações
Em Propriá várias gratificações (previstas no Plano de Carreira e no Estatuto do Magistério) foram cortadas e com isso os educadores tiveram redução no salário do mês de outubro.
Já em Porto da Folha os professores só receberam a metade do salário de setembro e até agora nada do pagamento do 1/6 ferial (que deveria ser pago em julho).
De forma arbitrária a prefeitura de Muribeca ainda não pagou o 1/6 ferial ao qual os professores têm direito.
Em Poço Verde alguns professores tiveram parte dos seus salários cortados, já em Simão Dias os educadores também não receberam o 1/6 ferial.
Para o sindicato não é uma questão de falta de recursos, mas sim de péssima gestão financeira, pois os recursos para o pagamento dos salários vêm diretamente do FUNDEB que são depositados religiosamente nas contas municipais nos dias 10, 20 e 30 de cada mês.
Outras providências também estão sendo tomadas. O sindicato vai buscar agendar reuniões com os superintendentes dos bancos: Banese, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para discutir sobre os empréstimos consignados em nome dos professores.
O SINTESE também continua buscando o apoio do Ministério Público e solicitando o bloqueio das contas para que o salário dos educadores (e em alguns municípios dos demais servidores) seja garantido.