“Professores precisam de valorização não de agressão. Somos todos (as) professora Vera”. Com estas frases estampadas em uma faixa, os professores da rede municipal de São Cristóvão, estiveram no fim da manhã de terça-feira, 17, na porta do Fórum Gonçalo Rolemberg Leite, no bairro Rosa Elze, para apoiar a professora Vera Lúcia Gomes dos Reis (60 anos) e sua filha Elisabeth Gomes. As duas mulheres foram agredidas pelo policial civil Israel Vieira Sarmento durante manifestação do SINTESE, em fevereiro de 2013.
A audiência preliminar para tratar a questão deveria ter ocorrida naquela manhã no fórum. No entanto, a audiência foi adiada pelo advogado do acusado de agressão, que alegou ter outra audiência marcada no mesmo dia e horário. A nova audiência ocorrerá no dia 18 de janeiro de 2014, no mesmo local.
Caso
No dia 21 de fevereiro de 2013 vereadores de São Cristóvão aprovaram projeto enviado pela prefeita Rivanda Farias, que cortava drasticamente o salário do magistério. Professores da rede municipal, indignados com a aprovação do projeto, protestavam do lado de fora da Câmara de Vereadores. A professora Vera e sua filha participavam da manifestação.
Após uma discussão, o policial civil Israel Sarmento, deu um tapa no rosto da professora Vera. Ao ver a cena Elisabeth Gomes foi amparar sua mãe e questionou o policial sobre o porquê daquela violência, Israel Sarmento, agrediu a jovem com palavras de baixo calão e a empurrou. Outros polícias, ao perceberem a situação, afastaram Sarmento de Elisabeth.
Imediatamente os membros da direção do SINTESE que estavam em São Cristóvão acompanharam a professora a Delegacia Plantonista, em Aracaju, e registraram o boletim de ocorrência. O sindicato também denunciou o policial a Corregedoria de Polícia Civil.
Justiça
Para a professora Vera Gomes a humilhação que ela e sua filha passaram naquela noite nunca será apagada, mas ela espera que o policial Israel Vieira Sarmento seja punido pelo o que fez. “Minha filha e eu só queremos que a justiça seja feita”, diz a professora Vera.