Em respeito à comunidade escolar professores suspendem greve

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Os professores de Boquim decidiram em respeito aos pais e carinho pelas crianças, jovens e adultos voltarem às atividades na última quinta-feira, 13.

 

Os educadores suspenderam a greve, mas esperam que o prefeito Jean Nascimento deixe de utilizar ações que colocam a população contra o magistério e possa abrir o diálogo. Para que se encontre solução para o pagamento dos cinco meses do retroativo do reajuste de 2013, o reajuste do piso para 2014 e o auxílio transporte.

 

Depois da mobilização dos professores, o terço ferial foi pago e parcela do 13º daqueles que aniversariam em janeiro.

 

Os professores de Boquim entraram em greve cobrando passivos trabalhistas. Os educadores estão sem receber o retroativo do reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional relativo aos meses de janeiro a maio de 2013.

 

Mas a luta magistério vai além das questões salariais. Os professores percorreram as escolas e constataram a falta de estrutura física de diversas unidades de ensino. Todas as situações foram denunciadas ao Ministério Público e em fevereiro de 2013 após algumas audiências um Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado pelo prefeito Jean Nascimento. No termo, a administração se compromete a recuperar a estrutura das escolas, fazendo as adaptações para acessibilidade, adequação das dispensas e cantinas e a substituição das caixas d´água (que atualmente são de amianto).

 

Escolas adequadas

O SINTESE, através de seus representantes, busca sugeriram diversas ações para melhorar a estrutura das escolas que oferecem Educação Infantil como: revestimento nas paredes, banheiros adequados conforme a idade do aluno, refeitório, mais de uma refeição por turno para as crianças que estão na creche e no pré-escolar. Mas, apesar da luta dos educadores, ainda as escolas funcionam sem implementar as mínimas adequações desses espaços exigidas por lei e pelo Conselho Municipal de Educação de Boquim.

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Na Escola Antônio Francisco, localizada no povoado Punga, uma pequena reforma foi iniciada em dezembro. O problema: o ano letivo ainda não tinha terminado e a obra colocou em risco a saúde das crianças. Com as férias, a obra parou e até o momento não foi reiniciada.

 

A escola Josefina Nogueira Soares deveria iniciar as aulas de 2014 com salas específicas para o funcionamento do almoxarifado, secretaria, sala de informática e sala de leitura. Mas tudo continua com está, todos esses setores funcionam no mesmo local. Isso sem contar com a rampa de entrada danificada e os extintores com prazo de manutenção de funcionamento vencido.

 ESCOLA JOSEFINA NOGUEIRA SOARES

Na escola Geminiano do Nascimento Fonseca, no povoado Garangau o problema é que as rampas de acesso que foram construídas não têm corrimão de segurança. O piso está totalmente em cimento puro e sala de informática conta com 5 computadores para uma escola com quase 300 alunos.

 

Ao visitarem a escola José Goes Duarte no povoado Pastor, que atende também os povoados Pimenteira e Varjão, foi constatado que o banheiro está interditado e os que têm portas estão sem fechadura. No pátio de refeitório as peças que seguram o telhado estão arqueadas. Há infiltrações nas salas de aula e cantina. O banheiro infantil está com a descarga danificada. Segundo a atual diretora o problema das peças arqueadas é antigo.

 
ESCOLA JOSÉ GOES DUARTE
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Os professores receberam reclamação de uma mãe de aluno que na escola municipal Dr Luiz Garcia, no povoado Muriçoca dos três banheiros que existiam um foi derrubado ficando agora só um para funcionários e outro para as crianças. Essa demolição ocorreu ainda no mês de dezembro e assim que terminaram as aulas ninguém apareceu para continuar o trabalho.

 
ESCOLA LUIZ GARCIA
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Construção de escola

O SINTESE tentou intermediar através do professor e delegado de base Adilson Ribeiro, a compra de um terreno pela prefeitura no povoado Olhos D’água para a construção de uma escola de grande porto no valor de R$3  milhões e quinhentos mil  que seria financiada pelo Governo Federal.

 

Porém o prefeito não priorizou esta construção que geraria emprego e num modelo de  atendimento de educação com qualidade social para os filhos dos trabalhadores daquela região (Olhos Dágua, Taboca, Garangau, Punga, Calitende, Cabeça Dantas, Muriçoca, Remanso).

 

A luta do magistério é para que a lei seja cumprida e o povo de Boquim tenha escolas decentes e professores valorizados.