Há dois anos os professores da rede municipal de Graccho Cardoso sofrem com o atraso no pagamento de seus salários. Nos últimos meses a situação se tornou ainda pior, antes os salários eram pagos com um atraso de10 dias, agora esta atraso supera 20 dias.
O mês de agosto foi emblemático neste sentido. O prefeito, José Nicário de Aragão, sem nenhum pudor anunciou que só pagaria os professores no dia 23 de setembro. Em uma clara ação de desrespeito aos profissionais do magistério.
O prefeito alega pagar com atraso por falta de recursos, no entanto, estudos, realizados pelo SINTESE, na folha de pagamento da educação do município revelam diversas irregularidades.
Cabe ressaltar que o Artigo 7º, da Constituição Federativa do Brasil determina a proteção do salário, constituindo-se um crime a sua retenção dolosa. O atraso de salários compromete a vida financeira e a dignidade dos professores e suas famílias.
Além de desrespeitar o direito dos professores, a prefeitura também desrespeita estudantes. As escolas do município têm estrutura precária. A alimentação escolar é de má qualidade. Diante destes problemas os professores de Graccho Cardoso paralisaram suas atividades por um dia, na última quinta-feira, 17.
“A paralisação foi uma resposta aos desmandos cometidos pela prefeitura. O atraso de salário interfere diretamente na vida dos professores, afinal salário representa sobrevivência e dignidade. Uma educação de qualidade perpassa, sem dúvida, por respeito a direitos e por valorização dos professores”, afirma a diretora do departamento de Bases Municipais do SINTESE, professora Sandra Moraes.