Professores da rede municipal de Ilhas das Flores entraram em greve na última terça-feira, dia 25. Os desmandos e desrespeito a direitos e a leis praticados pela prefeitura do município motivaram o magistério a paralisar suas atividades por tempo indeterminado.
Os professores estão sem receber as férias de junho de 2013 e de janeiro de 2014. Em manobras irregulares a prefeitura vem fazendo desconto nos contracheque dos educadores. Além disso, até o momento o prefeito Christiano Rogério Rego Cavalcante não reajustou o piso salarial do magistério de 2014, estabelecido em 8,32%. De acordo com a Lei Federal 11.738/2008, que institui o piso salarial nacional do magistério, o reajuste deve ser concedido à categoria anualmente no mês de janeiro.
Titulação
O incentivo a busca por especialização e aprimoramento dos conhecimentos também são negados aos professores de Ilha das Flores. Há 1 ano e 3 meses a prefeitura não concede a gratificação por titulação para os educadores que fazem cursos de graduação ou pós-graduação.
Este fato demonstra o pouco caso da administração pública de Ilha das Flores com a qualidade do ensino nas escolas da rede municipal. A prefeitura parece não compreender que quanto mais especializado um professor melhor para os estudantes e melhor para a educação do município.
Tentativa de diálogo
Antes de decidirem pela greve os professores da rede municipal tentaram por diversas vezes buscar o diálogo no intuito de solucionar os problemas. No entanto, o prefeito Christiano Cavalcante se nega a sentar com a categoria e fecha as portas para a possibilidade do diálogo. Com isso, a única opção que restou aos educadores foi deflagrar greve por tempo indeterminado.
Os professores pedem o apoio e a compreensão da população, principalmente de pais e estudantes das escolas municipais. Esta greve representa a luta por direitos, por condições de trabalho e dignidade. A educação em Ilha das Flores merece mais respeito.