A administração municipal de Lagarto não paga o que deve e ainda quer enrolar os professores
Com ato público pelas ruas da cidade na manhã desta segunda-feira, os educadores iniciam a paralisação que vai até a próxima quinta-feira, 24.
Os educadores paralisam as atividades na tentativa de fazer com que o governo municipal apresente uma proposta decente para o pagamento do reajuste do piso de 2014 e do respectivo passivo trabalhista, pois a lei 11.738 que regulamenta e o Piso Salarial do Magistério determina que o reajuste seja pago no mês de janeiro. Em 2014 o reajuste do piso alcançou o patamar de 8,32% estabelecendo o valor de R$1697 como valor mínimo a ser recebido pelos componentes do magistério.
Os professores estão indignados com a atitude do prefeito Lila Fraga em ter recuado na proposta de pagar o reajuste no mês de julho e que negociaria a melhor forma de pagar o retroativo. Agora ele apresenta que o reajuste seria implementado a partir do mês de agosto e que os sete meses de retroativo (janeiro a julho) só seria pago a partir de janeiro de 2015 e em 12 parcelas.
E achando pouco ter uma dívida com relação ao reajuste do piso de 2014, jogou mais uma bomba para os professores. A administração municipal aponta que os educadores devem escolher o que receber no final do ano, se o salário de dezembro ou o décimo terceiro, pois a prefeitura não garante o pagamento dos dois e o gestor municipal também propôs que esta dívida já seja colocada no “pacote de parcelamento do retroativo”.
Durante a assembleia que definiu a paralisação os professores apresentaram uma contraproposta, até aceitariam o reajuste a partir do mês de agosto, mas que o retroativo seja pago ainda este ano.
A categoria tem a expectativa que a administração municipal de Lagarto possa apresentar uma proposta que não fira a dignidade do magistério.