Em assembleia, ocorrida na segunda-feira, dia 6, professoras e professores de Poço Redondo decidiram novamente paralisar suas atividades, no próximo dia 16 de maio. A categoria virá a Aracaju e fará ato em frete ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE) e do Ministério Público Estadual (MPE/SE), onde também irão protocolar denúncias de irregularidades presentes na gestão municipal de Poço Redondo, que tem à frente a prefeita Aline Vasconcelos.
Esta já é a segunda vez que professoras e professores de Poço Redondo se veem obrigados a paralisar suas atividades na tentativa de abertura de canal de diálogo com a prefeita e para pressionar a gestão municipal a assumir compromissos e reponsabilidades com a educação, deixados de lado nos últimos anos.
A negação de direitos e o desrespeito atinge tanto professoras e professores como estudantes das escolas municipais. Da creche aos anos finais do ensino fundamental, as escolas de Poço Redondo estão abandonadas. O que se vê é matagal pelo pátio, banheiros sem descarga, com pias quebradas, mobiliário velho, salas de aula quentes, falta de espaços adequados para as crianças brincarem durante o recreio, entre outros problemas graves, que trazem severos prejuízos ao processo de ensino e aprendizagem.
O triste cenário traz outro imenso problema: a queda da matrícula na rede municipal de ensino de Poço Redondo. Por isso, professoras e professores lutam para que a prefeitura assuma seu papel e realize a Chamada Pública para trazer mais estudantes para a rede municipal e, claro, que também assegure espaço dignos a crianças e jovens que estudam na rede de ensino.
A queda no número de matrículas representa a queda da verba da educação, já que as verbas destinadas a educação estão diretamente ligadas ao número de estudantes matriculados na rede de ensino, ou seja, em Poço Redondo a política de abandono da educação, adotada pela prefeita Aline Vasconcelos, gera prejuízos financeiros, tanto no quesito de valorização de professoras e professores como para a manutenção e melhora do ensino para estudantes.
A luta por valorização também segue firme, uma outra decisão tomada por professoras e professores, durante a assembleia de segunda-feira, foi entrar na justiça para obrigar que a prefeita garanta o percentual de atualização do piso de 2024.
“Não vamos desistir de lutar pelos nossos direitos, pelos direitos dos estudantes, pela educação de Poço Redondo. Vamos acionar os órgãos competentes porque medidas precisam ser tomadas urgentemente. A prefeita não pode simplesmente se negar a cumprir seu papel, suas responsabilidades enquanto gestora e nada ser feito. Esperamos que o TCE e MPE acatem nossas denúncias e tomem as medidas necessária. A educação de Poço Redondo pede socorro”, afirma o diretor regional do SINTESE, no Alto Sertão, professor Cloverton Santos.
