Pirambu completou 52 anos de emancipação política com uma grande festa na cidade. A propaganda nas redes sociais dizia que o dia 26 de novembro seria “recheado de atrações, que começam logo cedinho e terminam ao entardecer”. Mas uma parte da população pirambuense não pode comemorar a data mais importante do município. Os professores e suas famílias. Pois a prefeitura não pagou os salários.
Alguém pode até questionar a indignação dos professores e achar que dia 25 é “muito cedo” para receber os salários de novembro. Mas quando se sabe que TODOS os demais servidores públicos, contratados e cargos comissionados receberam até a data, mas não o magistério.
A justificativa da Prefeitura Municipal de Pirambu é que não houve recursos para pagar os salários dos professores. O mais curioso de tudo isso é que justamente o magistério tem verba específica para pagar os salários.
Além disso, houve recursos para fazer uma grande festa de emancipação, com direito a programação esportiva, cultural e musical (quatro bandas fizeram shows na noite do dia 25), mas para pagar os trabalhadores responsáveis pela Educação do município o dinheiro “faltou”.
A informação passada pelo secretário de Finanças do município, Antônio Carlos a coordenadora da sub-sede Vale do Cotinguiba do SINTESE, Emanuela Pereira é que os educadores só vão receber no dia 10 de dezembro.
“Há meses que os professores recebem com atraso, não há justificativa para isso, pois os recursos que pagam os salários do magistério são exclusivos para isso. Tal situação é inaceitável. Sabemos que a emancipação política é uma data importante para qualquer cidade, mas a festa não pode ser feita à custa do suor e do trabalho dos educadores”, aponta a coordenadora.
Irregularidades na folha
No mês de outubro o SINTESE enviou ofícios a prefeitura denunciando diversas irregularidades nas folhas de pagamento. O prejuízo acumulado entre os meses de maio e agosto ultrapassa a casa dos R$150 mil.
Não obtendo resposta da administração municipal o sindicato apelou para que o Ministério Público pudesse fazer a mediação. Na próxima terça-feira, acontece no fórum da cidade, a primeira audiência sobre o assunto. O SINTESE espera que a situação seja resolvida.