Prefeito de Cumbe exclui professoras e professores ao não assegurar reajuste para toda a categoria

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Em uma ação que demonstra falta de isonomia e o desejo de exclusão por parte da gestão do prefeito de Cumbe, Eri Barroso, professoras e professores da rede municipal de ensino, que são contratados em regime de CLT, foram deixados de lado e não receberam reajuste de 9,89%, concedido aos professores estatutários.

O diretor geral do SINTESE no Alto Sertão, professor Cloverton Santos, juntamente com a comissão local de negociação sindical de Cumbe, buscaram a gestão municipal na quinta-feira, dia 6, para tentar resolver a injusta situação. No entanto, mesmo tendo recebido os representantes do SINTESE, o prefeito demonstrou pouca vontade de buscar solucionar a questão e apenas afirmou estar com dificuldades jurídica e econômica para assegurar o reajuste as professoras e professores Celetistas.

Vale lembrar que esta não é a primeira vez que o gestor, Eri Barroso, age de forma segregadora, em 2025, um professor da rede municipal de Cumbe teve sua licença-prêmio revogada por perseguição política.

É importante colocar também que, embora haja este reajuste de 9,89%, a gestão municipal não mantém o piso, das professoras e professores, atualizado, descumprindo com o que estabelece a Lei Nacional 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial do Magistério).

A categoria irá se reunir em assembleia nos próximos dias para decidir encaminhamentos de luta.

Independe de ser do regime CLT ou de ser estatuário, todos exercem a função de professor e devem ter direitos iguais assegurados. A Constituição Federal garante, em seu inciso XXXIV, a “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”, assegurando, com isso, a isonomia de vencimento entre trabalhadores, que ocupam o mesmo cargo em idêntica situação, respeitando o tempo de serviço e de qualificação de cada profissional.

Para o professor Cloverton Santos a ação do prefeito de Cumbe é repudiável. “O SINTESE repudia veementemente essa atitude da gestão municipal de Cumbe, que exclui professores de reajuste, bem como a inércia do gestor em tentar resolver. Nos próximos dias, realizaremos assembleia para propor encaminhamentos de luta. Não podemos admitir que um gestor municipal passe por cima da Constituição Federal como se nada fosse. Vamos lutar para que essa injustiça seja revista o quanto antes. Gestor que desrespeita direito de professor, desrespeita a educação e desrespeita o povo de seu município”, enfatiza o dirigente do SINTESE.