Os professores da rede municipal de Itaporanga d’Ajuda deflagraram nesta terça-feira, dia 25, greve por tempo indeterminado. O motivo é a falta de respeito com que a prefeitura vem tratando o magistério ao longo do último ano.
Os professores ainda não receberam o terço ferial (que deveria ser pago em janeiro). A prefeitura não pagou também o retroativo do reajuste do piso salarial do magistério dos anos de 2011, 2012, 2013. Além disso, até agora a prefeita do município, Maria das Graças (conhecida como Gracinha), não concedeu aos professores o reajuste do piso salarial de 2014, estabelecido em 8,32%.
Titulação
A desvalorização do profissional da educação é outra prática adotada pela prefeitura de Itaporanga. Professores que buscam progredir na carreira e aprimorar seus conhecimentos através de cursos de especialização se sentem desmotivados, já que há três anos a prefeitura não concede a gratificação por titulação para aqueles que conquistam diplomas em pós-graduações. É como se a administração pública de Itaporanga não enxergasse que quanto mais capacitado o professor melhor para os estudantes e para a educação do município.
Escolas abandonadas
O tratamento desrespeito dado pela prefeitura não atinge somente aos professores, os estudantes também são vítimas. As estruturas físicas das escolas do município são precárias. A maioria dos prédios que abrigam as unidades de ensino da rede municipal está caindo aos pedaços. Os espaços são impróprios para o ensino e para a aprendizagem.
Um exemplo desta realidade é a escola do Povoado Água Bonita que está a quase um ano fechada. O prédio estava prestes a desabar e foi condenado pela prefeitura. No entanto, até agora a administração pública nada fez para recuperar a escola.
Busca por diálogo
Tentativas de diálogo não faltam. Prova disso, é que desde janeiro o SINTESE solicita audiência com a prefeita Gracinha com o objetivo de encontrar soluções para os problemas, mas a gestora matem as portas fechadas recusando-se ao diálogo. O que não deu aos professores da rede municipal outra alternativa a não ser a greve.
“Esperamos contar com a compreensão e com o apoio de pais e alunos das escolas municipais de Itaporanga. A nossa luta é por justiça, é por condições dignas de trabalho, de ensino e aprendizagem. Estamos na rua para não permitir que a educação do município seja esquecida e deixada em segundo plano”, afirma o diretor do SINTESE e professor da rede municipal de Itaporanga, Uilson Meneses.