Em greve desde o dia 20 de julho, os professores de Itaporanga d’Ajuda farão uma grande marcha pelas ruas da cidade com a participação de pais, mães, funcionários e estudantes das escolas da rede municipal. A marcha acontece nesta quinta-feira, 30, a concentração será às 14h, na Praça da Estação.
Diversos problemas afligem a educação do munícipio. As escolas de Itaporanga estão abandonadas e necessitam de reformas urgentes. Além das péssimas condições de trabalho os professores ainda são obrigados a conviver com desrespeito aos seus direitos.
Até a presente data a prefeita, Maria das Graças Souza Garcez (conhecida pela população local como Gracinha), não pagou aos professores o reajuste do piso salarial de 2015. De acordo com a Lei Federal 11.738/2008, que estabelece o reajuste do piso salarial para todos os professores da rede pública do Brasil, o reajuste deve ser pago anualmente, sempre no mês de janeiro.
A prefeitura deixou de pagar também a gratificação por mudança de nível. O não pagamento desta gratificação demostra que para a prefeitura de Itaporanga o professor que estuda, que busca se aperfeiçoar cada dia mais em sua carreira, não é valorizado.
A falta de transparência com os recursos públicos tem sido outro motivo de preocupação e questionamento entre os professores. A prefeitura não apresenta as folhas de pagamento da educação para que seja verificado se os recursos destinados à pasta estão sendo devidamente utilizados.
Para tornar a situação ainda pior, a prefeita, Gracinha, se recusa a abrir canal de diálogo e negociação com os professores. O SINTESE enviou diversos ofícios solicitando audiência com a prefeita, mas ela optou por ignorar solenemente as tentativas.
“Nossa greve é legítima, pois é uma greve por direitos. Esta marcha será para mostrar que nós, professores, pais, funcionário e estudantes não aguentamos mais o tamanho descaso que a prefeita vem dedicando a educação de Itaporanga. A prefeita não pode simplesmente fechar os olhos para esta realidade e se recusar a buscar soluções. Estamos abertos a negociação e ao diálogo”, afirma o diretor de Bases Municipais do SINTESE e professor da rede municipal de Itaporanga, Ulison Menezes.