Mais de 100 educadores e educadoras da rede municipal de Laranjeiras participam durante toda esta quarta, 06, de encontro na sede do SINTESE. Na pauta Gestão Democrática e Financiamento da Educação.
Vale lembrar que pelo Plano Nacional de Educação, os entes federados têm até 25 de junho para aprovarem leis que implantam a Gestão Democrática.
O representante do SINTESE no município de Laranjeiras, professor Gildo Alves Bezerra, enfatiza que trazer aos professores a oportunidade de debater Gestão Democrática e financiamento da educação é essencial, não só pela urgência da discussão diante do prazo que as prefeituras e governo estaduais têm para implantar a Gestão Democrática nas escolas pública, mas por sua relevância no cotidiano de todos os educadores.
“Entender, se aprofundar e contribuir para a construção da Gestão Democrática e para a discussão do financiamento da educação é fundamental, pois estes elementos são ferramentas de controle social para os professores em relação à educação de nosso município. Acreditamos que não dá mais para as políticas públicas serem apenas definidas em gabinetes do Executivo. É essencial a participação da comunidade na definição e na construção desta política. O que o SINTESE almeja com encontros como este é demonstrar que todos podem e devem ser sujeitos ativos no processo da educação”, aponta o professor Gildo Alves Bezerra.
Situação em Laranjeira
Laranjeiras é um dos 52 municípios em que a prefeitura não reajustou piso salarial de 2016. O reajuste deveria ter sido concedido aos professores no mês de janeiro, como preconiza a Lei Federal 11.738/2008 (Lei do piso).
Outro passivo acumulado com os professores, em relação ao piso salarial do magistério, é do ano de 2012. Naquele ano o prefeito José Araújo Leite Neto (popularmente conhecido como Juca de Bala), reajustou o piso salarial somente para os professores que possuem nível médio. Os professores com nível superior não tiveram o piso reajustado naquele ano. O fato gerou perdas salarias aos professores com ensino superior ao longo dos últimos quatro anos.
No caso laranjeirense, como em vários outros, o não cumprimento da Lei não é por falta de recursos, mas por falta de vontade política dos gestores municipais.