Professores de Riachão do Dantas solicitam apoio dos deputados

333

Educadores da rede municipal de Riachão do Dantas ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa solicitando apoio dos deputados estaduais para que possam intermediar junto ao prefeito Ivanildo Macedo dos Santos uma solução para regularizar o pagamento dos salários dos educadores.

Desde o início do segundo semestre que os educadores não têm segurança de quando vão receber salários. Isso sem contar a prática da administração de fazer o pagamento dos salários por grupos de professores. Alguns recebem dia 10, outros no dia 20 e ainda tem aqueles que só recebem pelo que trabalharam no dia 30. Um grupo de dezoito educadores só recebeu o salário referente ao mês de outubro na última segunda-feira, 01 (mais de 30 dias de atraso).

Tal situação gera, além de insatisfação, revolta nos educadores, pois eles se sentem perseguidos, afinal ninguém sabe quando irá receber os vencimentos.

“A situação é difícil para todos, sequer sabemos quando vamos receber, nossas contas estão em atraso e a situação fica ainda pior para aquelas famílias que dependem somente do salário do educador”, disse a professora Ana Paula que faz parte da comissão de negociação do SINTESE no município.

Os educadores denunciam as péssimas condições de trabalho a que são submetidos. A situação dos veículos que fazem o transporte escolar é também motivo de apreensão “As escolas estão caindo aos pedaços e precisam urgentemente de reformas, os ônibus que fazem o transporte escolar não passaram por revisão e com isso colocam em risco a vida não só dos alunos transportados, mas de quem por ventura esteja no caminho destes veículos”, alerta o professor Waldeir Nascimento Souza, delegado sindical do SINTESE no município.

Não houve queda de receita

Em pronunciamento na tribuna, a deputada estadual Ana Lúcia apresentou dados socioeconômicos e educacionais do município de Riachão do Dantas e frisou não haver queda na receita que levasse a administração municipal a atrasar os salários. De acordo com os dados apresentados pela parlamentar, a receita do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, que é utilizada para o pagamento dos salários do magistério teve uma alta de 6,4% (janeiro a novembro) comparado com o mesmo período do ano passado, já o Fundo de Participação dos Municípios cresceu 4,6%. “É inadmissível que os educadores passem por essa situação. Não há justificativa para o atraso”, frisou a deputada.

Notificado pelo Tribunal de Justiça

Tal situação levou o Tribunal de Justiça a notificar o prefeito a prestar explicações sobre o que motiva a administração municipal pagar com tanto atraso os salários.