Professores de São Cristóvão produzem cartazes denunciando situação precária das escolas

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No segundo dia de paralisação os professores da rede municipal oficinas 27 5 14 4de São Cristóvão fizeram vigília em frente ao Instituto Deus é Tudo, que tem suas instalações utilizadas pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão. Lá eles participaram de oficina de cartazes que teve como objetivo produzir um painel fotográfico mostrando o descaso com que a administração municipal tem tratado as escolas.

O painel será mostrado a partir das 8h desta quarta-feira, 28, em frente ao Fórum Prof. Gonçalo Rollemberg Leite  localizado no Rosa Elze (dentro do Campus Universitário da  Universidade Federal de Sergipe).

Escolas em situação precária

Semana passada foi notícia que quase 700 estudantes (nos três turnos) da Escola Municipal Gina Franco ficaram dias sem aulas. O motivo foi a falta de pagamento do aluguel por parte da prefeitura a igreja que alugou algumas salas enquanto o prédio da escola passa por reformas.

Uma das escolas que será mostrada é a Escola Municipal de
oficinas 27 5 14 7Educação Fundamental Martinho Bravo. Esse é outra unidade escolar que passa por reformas, os alunos foram transferidos para uma casa alugada situada à rua Elpídio Batista Neri, 749.

A casa, como já era de se esperar, não tem qualquer infraestrutura para abrigar um estabelecimento de ensino, seja por ser um imóvel construído para ser somente uma residência, mas também pela falta de saneamento básico na vizinhança. As turmas foram distribuídas da seguinte forma:  01 na varanda (do lado de fora), 02 na lateral, 01 no corredor e 01 na sala da entrada da casa.

E se achavam que estava ruim, a situação  fica pior: quando chove as salas ficam inundadas; só há um banheiro e a descarga está quebrada, não há lousas, forçando os educadores a utilizar quadros improvisados.

“A luta dos professores de São Cristóvão é por dignidade. Eles são desvalorizados quando têm os salários cortados e aviltados quando são submetidos a péssimas condições de trabalho”, ressalta a vice-presidenta do SINTESE, Ivonete Cruz.

Ainda há as questões salariais

Além de enfrentarem a situação da falta total de condições de
oficinas 27 5 14 1trabalho, os educadores ainda têm que lidar com a falta de vontade política da prefeita Rivanda Farias em negociar.

Os professores estão frustrados e indignados com a atitude da prefeita em descumprir o que foi acordado nas audiências. Na audiência ocorrida no mês de abril (a última entre SINTESE e gestores municipais) a administração municipal de São Cristóvão comprometeu-se a apresentar uma proposta para o pagamento do reajuste do piso de 2014.

Na época, a prefeita alegou que as informações atualizadas e concretas sobre a situação financeira do município só seriam possíveis após o fim do primeiro quadrimestre.

Acreditando no processo de negociação os educadores aguardaram que no dia 06 de maio a prefeita apresentasse a proposta. A audiência foi desmarcada e remarcada para o dia 13 de maio e novamente cancelada. Para o SINTESE a administração municipal interrompeu o processo de negociação e deixou uma sensação de descompromisso com a categoria. 

Com um decreto e duas leis municipais a administração de São Cristóvão cortou o salário dos professores em até 1/3 e a categoria está sem o reajuste do piso dos anos de 2013 e 2014. Já há decisão judicial anulando o decreto e as leis, mas a prefeita de São Cristóvão.